
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta quarta-feira (9) com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para tratar dos avanços do Plano Safra 2025/26. O encontro discutiu a ampliação do financiamento e manutenção das taxas de juros para produtores rurais.
Uma das prioridades para o próximo ciclo é ampliar o foco no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), fortalecendo o apoio à produção de alimentos e beneficiando diretamente os agricultores de médio porte.
Incentivos e crédito para exportadores
Segundo Fávaro, a meta é reduzir os juros do Plano Safra para 8% ao ano, especialmente para os médios produtores. O titular da pasta também destacou a possibilidade de inclusão de outros perfis no programa, como os produtores voltados à exportação.
Para esse público, foram discutidas linhas de crédito dolarizadas, que possibilitam taxas de juros mais baixos e sem custo para o Tesouro Nacional. “A gente não está tirando, nesse momento, nenhuma das hipóteses para ampliar o funding do Plano Safra”, explicou Fávaro.
Com as constantes mudanças climáticas, Fávaro propôs uma força tarefa que atue junto à equipe econômica da Fazenda para a modernização do Seguro Rural. Entre as soluções, foi sugerida a adoção do seguro paramétrico, que funciona com base em dados climáticos e pode ser aplicado de forma ampla e simplificada.
As propostas incluem modelos de securitização por custo ou produção, com diferentes faixas de taxas, adaptáveis à realidade de cada produtor.
Reparação nos locais produtivos
Além das novas iniciativas para o Plano Safra, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) será lançado pelo governo em breve.
A iniciativa vai financiar a recuperação de áreas de solo degradado com juros mais baixos, por meio de práticas sustentáveis que aumentem a produtividade e evitem a expansão da agricultura sobre áreas preservadas.
A meta é dobrar a área de produção sustentável no país, somando entre 1,5 e 2 milhões de hectares a novas áreas cultivadas sem comprometer o meio ambiente.
Com os investimentos previstos no Plano Safra e na recuperação de pastagens, o governo espera ampliar significativamente a produção de alimentos no Brasil, com mais eficiência, crédito acessível e foco em sustentabilidade.