Apesar do avanço tecnológico da irrigação, o estudo mostra que falta de infraestrutura limita a agricultura de precisão no país
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Segundo um estudo realizado pela ConectarAgro em parceria com o Departamento de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o Brasil possui 28,26% das áreas irrigadas por pivôs centrais conectados à internet 4G ou 5G.

O pivô central seria um sistema de irrigação por aspersão ideal para grandes áreas, mas seu potencial máximo está limitado pela baixa conectividade.

Para a ConectarAgro, o acesso à internet é considerado um insumo vital, tão importante quanto fertilizantes e água. A conectividade rural é essencial para a transformação digital do agronegócio, viabilizando o uso eficiente de tecnologias de agricultura de precisão, como sensores, drones e softwares de gestão remota.

Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil conta com cerca de 2,2 milhões de hectares irrigados por pivôs centrais. A análise recente mostra que, dessa área total, somente 13,55% dos pivôs identificados têm 100% de sua área de atuação coberta por sinal.

O estudo aponta para uma significativa disparidade na distribuição de conectividade entre os estados.

São Paulo se destaca com a maior cobertura, atingindo 53,45% das áreas de pivô central conectadas, em um estado com mais de 247 mil hectares irrigados. Já Minas Gerais, a unidade federativa com a maior área irrigada pelo sistema no país, registra uma cobertura de 26,54%.

O contraste é mais evidente em regiões como Rondônia, que, apesar de possuir 656 mil hectares de área com pivôs centrais, não conta com nenhuma área com conexão móvel de internet.