Seguro rural liberado para produtores em maio
Foto: Governo Federal/Divulgação

Especialistas reunidos no seminário “Gestão de Riscos Agropecuários e Seguros Paramétricos“, realizado pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), na capital paulista, indicaram caminhos para a expansão do seguro rural no Brasil. 

Autoridades, dirigentes e técnicos de entidades, empresários e executivos do segmento, entre outros painelistas e debatedores, assinalaram o apoio estatal ao pagamento do prêmio – valor da apólice – como pilar para o seguro agrícola, assim como ocorre em outros países, onde o mercado de instrumentos privados de cobertura de riscos rurais está mais avançado. 

O diagnóstico é de que as mudanças climáticas têm se intensificado, acarretando ameaças mais críticas e corriqueiras a lavouras e criações de animais. Ao mesmo tempo, instituições de crédito estão mais rigorosas, em busca de garantias, e os recursos públicos para apoiar a subvenção ao prêmio e sinistros limitados. Propostas discutidas no evento sinalizaram que o seguro rural deve ser financiado não apenas por governos, mas também pelo próprio setor produtivo

Na oportunidade, o secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Guilherme Campos, afirmou que a pasta trabalha para que os recursos destinados à subvenção sejam blindados no orçamento

Já a senadora Tereza Cristina (MS), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), classificou o seguro rural como ferramenta indispensável para garantir segurança ao produtor. De acordo com a ex-ministra da Agricultura, o agro, embora seja um dos principais motores da economia nacional, está permanentemente exposto a riscos climáticos e de mercado

Por sua vez, o senador Jayme Campos (MT), relator do Projeto de Lei 2.951/2024 (modernização do seguro rural), destacou que a proposta em discussão no Congresso Nacional pretende viabilizar a criação de um fundo privado de seguro rural. “Isso será fundamental para ampliar a oferta e a competitividade no setor.”

O assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Guilherme Rios, acrescentou, ainda, outras propostas para ampliar a adesão ao seguro rural, como o fortalecimento do Zoneamento Agrícola de Risco Climático – Níveis de Manejo (ZarcNM), o incentivo ao uso de instrumentos de hedge para reduzir as incertezas do mercado e a criação de mecanismos de bonificação aos produtores que contratam o seguro.