
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), o setor da pecuária bovina do Acre movimentou R$ 181 milhões em 2024, e mantém forte ritmo de expansão, apoiado por programas voltados à recuperação de pastagens, melhoramento genético, capacitação e adoção de energias renováveis, e expande com sustentabilidade no campo.
Com um rebanho estimado em 5,3 milhões de cabeças, a Secretaria de Estado de Agricultura do Acre (Seagri-AC) intensificou as ações para fortalecer a pecuária. O secretário Luís Tchê destaca que, apenas em 2025, foram investidos R$ 4,5 milhões em insumos e programas estratégicos. “Esses investimentos reforçam a importância da pecuária para a economia acreana”, afirmou.
Programas estaduais em andamento
A segunda etapa do Pecuária + Eficiente avançou ao longo de 2025, priorizando a recuperação de pastagens degradadas. O programa integra o REM/KfW e fornece calcário, adubo e apoio logístico aos produtores rurais. Na fase inicial, mais de 2 mil toneladas de calcário beneficiaram 326 propriedades rurais, e a nova etapa segue em execução, com conclusão prevista para 2026.
Outro destaque é o Insemina Mais, que segue como um dos principais vetores de melhoramento genético no estado. Entre 2024 e 2025, o programa atendeu 11 produtores, realizou mais de 1.070 inseminações e apresentou resultados expressivos na qualidade dos rebanhos. Os produtores têm acesso gratuito à doses de sêmen, protocolos hormonais e mão de obra especializada.
A modernização também passa pela adoção de energias renováveis. Em 2025, avançou o projeto para a instalação de 23 usinas solares em propriedades leiteiras. O processo licitatório foi concluído e a instalação dos sistemas começa em 2026, o que garantiu redução de custos de produção e mais sustentabilidade no campo.
Pesquisa e formação
A Seagri-AC também avançou na elaboração do Procape – Programa de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas para Geração de Empregos, vinculado ao Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que deve estruturar novas políticas produtivas para o estado.
A pecuária bovina do Acre também mantém o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecido nacionalmente desde 2020 e internacionalmente pela OMSA desde 2021. Esse selo sanitário amplia a credibilidade da proteína animal e da economia acreana e facilita o acesso a mercados mais exigentes, fortalecendo a competitividade do setor.