Crédito: Fertlizantes/Shutterstock
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Produtores rurais do Brasil e Paraguai estão priorizando compras de fertilizantes de menor concentração, revela o relatório semanal da StoneX. A mudança é uma estratégia para proteger o fluxo de caixa sem comprometer a adubação das lavouras.

No Paraguai, as importações de Superfosfato Simples (SSP), um fertilizante com concentração mais baixa, deram um salto. O volume comprado entre janeiro e agosto subiu 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Brasil também seguiu essa tendência no setor de fosfatados. O país registrou um crescimento de 38% na compra de produtos que combinam nitrogênio e fósforo (NP). Na contramão, a importação de fertilizantes mais concentrados, como o MAP (Fosfato Monoamônico), caiu 13% na comparação com o ano anterior.

Segundo Tomás Pernías, essa troca não é por acaso, o analista de Inteligência de Mercado, o setor está se adaptando a um período de margens de lucro mais apertadas e custos de produção ainda muito altos.

“Escolher produtos de menor concentração, como o SSP, é uma estratégia inteligente para o produtor. Ele consegue manter a eficiência agronômica, ou seja, a qualidade da adubação, sem precisar comprometer seu fluxo de caixa”, explica Pernías.

Na área de nitrogenados, que são essenciais para o crescimento da planta, a situação se repete. O Paraguai aumentou em 15% a compra de sulfato de amônia, que é menos concentrado que a ureia, mostrando que a busca por economia é geral.