O Governo da Bahia inaugurou, na última sexta-feira (25), uma unidade de beneficiamento de mandioca no município de Banzaê, no nordeste do estado. A agroindústria está sob a gestão da Associação Quilombola Terra da Lua e já iniciou a produção de farinha.
A estrutura conta com motocultivador, equipamentos para processamento e uma estação de tratamento da manipueira — resíduo líquido da mandioca que, na unidade, é reaproveitado e destinado para outras finalidades.
Agroindústria de mandioca integra política de fortalecimento rural
A nova unidade integra a estratégia estadual de fortalecimento da agricultura familiar, com foco na geração de renda e na agregação de valor à produção local.
“Essa unidade de beneficiamento da mandioca integra a estratégia do Governo do Estado agroindústria familiar da Bahia, que vem promovendo uma revolução no rural da Bahia, com infraestrutura para agricultores e agricultoras familiares trabalharem, agregarem valor à produção e comercializarem, gerando sustentabilidade no campo”, afirma o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Jeandro Ribeiro.
Segundo Ribeiro, a associação quilombola também foi selecionada em um novo edital da CAR, que prevê a contratação de uma Agente de Negócios. A profissional deve apoiar o acesso a novos mercados e auxiliar a autonomia econômica da comunidade.
Equipamentos reforçam a produção agrícola
Além da agroindústria, a comunidade de Banzaê recebeu um trator equipado com arado reversível hidráulico, carreta agrícola com capacidade mínima de quatro toneladas, caçamba de madeira de dois eixos, entre outros implementos agrícolas.
Os equipamentos são utilizados na produção de alimentos como milho, feijão e mandioca, principais culturas da agricultura familiar da região.
Para a presidente da associação, Luciclea Gama dos Santos, a chegada da agroindústria representa um avanço na independência da comunidade. “Quando nós queríamos fazer uma farinha, nós tínhamos que sair para a comunidade vizinha e agora nós não saímos mais, nós temos agora na nossa comunidade. Temos o trator também, que serve bastante para nós, e não fica parado não”, afirma.