A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) adiou para 1º de setembro a obrigatoriedade da vacinação de herbívoros contra a raiva no município de Apuí. A decisão foi formalizada por meio da Portaria nº 266, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 12 de junho.
Inicialmente, a exigência passaria a valer em 6 de julho, mas a medida foi prorrogada diante das dificuldades relatadas pelos produtores locais para adquirir o imunizante.
“A Adaf recebeu esse apelo dos pecuaristas de Apuí e tomou a decisão de publicar uma nova portaria. Os produtores que já estão realizando a vacinação podem continuar e declarar assim que possível no escritório local”, explicou Larissa Carvalho, fiscal agropecuária médica veterinária e coordenadora do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) no Amazonas.
Com o novo prazo, os pecuaristas que não vacinarem o rebanho até setembro ficarão impedidos de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), ficando, portanto, sem autorização para movimentar os animais da propriedade. A comprovação da vacinação deverá ser feita na unidade da Adaf no município, com apresentação da nota fiscal da vacina, além da data de aplicação e o número de animais vacinados por espécie.
A campanha de vacinação segue até 7 de novembro, e a notificação poderá ser feita até 5 de dezembro. Após esse prazo, os animais das propriedades inadimplentes poderão ser vacinados compulsoriamente por servidores da Adaf, com possibilidade de aplicação de sanções administrativas conforme a legislação vigente.
A médica veterinária reforça que animais vacinados pela primeira vez devem receber dose de reforço 30 dias após a aplicação inicial.
A vacinação contra a raiva dos herbívoros já é obrigatória em Autazes, Careiro, Santo Antônio do Içá, Tefé, Urucará e Urucurituba. A obrigatoriedade passou a incluir Apuí neste ano após a confirmação da morte de um animal infectado, caracterizando foco da doença. O caso foi registrado em fevereiro, com o animal apresentando sintomas em 26/02 e falecendo dois dias depois.
O morcego hematófago é apontado como o principal transmissor no ciclo rural da raiva. Entre os sintomas da doença, estão: andar cambaleante, afastamento do rebanho, salivação excessiva, dificuldade de deglutição, animal caído lateralmente e movimentos involuntários com as patas.