Avicultura

Bahia bate recorde na produção de ovos com apoio à agricultura familiar

Estado alcançou 88,5 milhões de dúzias em 2024, impulsionado por investimentos na avicultura

A Bahia alcançou 88,5 milhões de dúzias em 2024, impulsionado por investimentos produção de ovos
Foto: Geraldo Carvalho- Ascom/CAR

A Bahia alcançou em 2024 um novo recorde na produção de ovos de galinha, com cerca de 88,5 milhões de dúzias, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O fortalecimento da agricultura familiar impulsionou o crescimento, além dos investimentos da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que aplicou cerca de R$ 90 milhões no sistema produtivo da avicultura ao longo do último ano. Os recursos foram destinados à criação de galinhas, construção de galinheiros e implantação de entrepostos, presentes em 26 Territórios de Identidade da Bahia.

Agricultura familiar lidera produção de ovos

Em municípios como Pé de Serra, Capim Grosso, Quixabeira, Nova Fátima, Capela do Alto Alegre, Belo Campo, Poções e Andaraí, a produção de ovos vem quase totalmente da agricultura familiar.

Em Juazeiro, o Entreposto de Ovos da Caatinga se tornou o primeiro empreendimento da agricultura familiar da região a conquistar o Selo de Inspeção Municipal (SIM). Com capacidade para embalar até 1.200 unidades por mês, o entreposto reúne ovos de comunidades como Canoa, Lagoa, Jacaré, Lagoa do Meio e Curral Novo. A produção adota a técnica de ovoscopia para garantir a qualidade e segurança dos produtos.

Em Alagoinhas, a Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Cangula recebeu apoio para ampliar a produção. A iniciativa inclui a implantação de galinheiros, fornecimento de insumos e aves, além de assistência técnica para agricultores familiares.

Maria Cristina da Paixão Carvalho, agricultora da região, percebeu a diferença no plantel desde o início das atividades com a associação. “Antes, a gente só pensava em comer a galinha. Hoje, além de consumir, vendemos a galinha viva ou abatida, temperada, e os ovos. Minha produção saltou para cerca de 150 aves e duas placas de ovos por dia,” afirma.

Com a construção de aviários e o fornecimento de aves, insumos e chocadeiras, a comunidade fortaleceu sua produção. Atualmente, os ovos agregam valor à economia local e ampliam o acesso e a autonomia das mulheres do agreste baiano.