
O Governo da Bahia, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adab), iniciou uma nova campanha estadual para ampliar a cobertura vacinal contra a brucelose bovina e bubalina.
Segundo o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), no primeiro semestre de 2025 foram imunizadas 434 mil bezerras, o que representa apenas 40% da cobertura vacinal esperada para fêmeas de 0 a 12 meses.
A campanha tem como lema “Vacine contra a Brucelose. A dose é única, a proteção é pra sempre” e busca conscientizar os pecuaristas sobre a obrigatoriedade da vacinação e a correta identificação dos animais imunizados.
Quem deve vacinar
De acordo com a médica-veterinária Luana Leão, coordenadora do PNCEBT na Bahia, a imunização é obrigatória para fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade.
- As vacinadas com a B19 recebem marcação com o número final do ano de vacinação na face (em 2025, o número “5”);
- As imunizadas com a RB51 têm marca com a letra “V”.
Riscos e impactos da doença
A brucelose é causada pela bactéria Brucella abortus, que provoca aborto, infertilidade e queda de produtividade no gado.
Nos humanos, a transmissão ocorre pelo contato com animais infectados ou consumo de produtos contaminados, configurando risco de saúde pública.
O maior perigo está em vacas prenhes, que podem eliminar grande quantidade da bactéria durante o parto ou em casos de aborto.
Consequências para quem não vacinar
A vacinação é obrigatória. Fazendas que descumprirem podem ter o bloqueio da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), ficando impedidas de transportar animais.
A Adab também reforça a necessidade de:
- Quarentena para novos animais adquiridos;
- Testes periódicos;
- Acompanhamento técnico com veterinários credenciados.
A Bahia possui cerca de 1 milhão de bezerras aptas à vacinação. A meta é ampliar significativamente a cobertura vacinal para garantir maior proteção sanitária, prevenir prejuízos econômicos e fortalecer a competitividade da pecuária baiana