O Governo do Rio Grande do Sul firmou, na última quinta-feira (23), uma parceria com a Embrapa para a rastreabilidade individual de bovinos no estado. A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica foi feita através da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
As partes firmaram o acordo durante o Dia de Campo da Embrapa Pecuária Sul, na cidade de Bagé (RS). A iniciativa está alinhada ao Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O momento contou com a presença do secretário-adjunto da Seapi, Márcio Madalena, do chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso, e da diretora do Departamento de Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares, além de autoridades e lideranças regionais. O evento reuniu mais de mil participantes e incluiu visitas técnicas a estações de pesquisa na região da Campanha, em que 307 animais já estão rastreados.
Notícias relacionadas
De acordo com Madalena, o Rio Grande do Sul lidera o projeto-piloto nacional de rastreabilidade. “Vivemos um momento de transformação tecnológica. O uso de brincos eletrônicos e chips já é realidade, e o Estado quer estar na vanguarda dessa discussão”, disse.
O plano de trabalho, com duração prevista de 36 meses, prevê o desenvolvimento e a validação de tecnologias que ampliem a eficiência da rastreabilidade bovina. A Embrapa será responsável pelos testes em campo e registros nos sistemas, enquanto a Seapi fornecerá os identificadores eletrônicos (brincos ou chips) e o banco de dados oficial para registro das informações.
O projeto teve início em 2024, com a identificação de 395 animais em Hulha Negra, e já testa novas tecnologias, como a biometria nasal, que possibilita a identificação única de cada bovino. As informações coletadas, como raça, idade, vacinação e movimentações, são registradas em uma base de dados oficial.O PNIB estabelece um prazo de sete anos para adoção nacional, com implementação obrigatória a partir de 2032. No Rio Grande do Sul, a coordenação está a cargo de um grupo de trabalho da Seapi, e o projeto-piloto foi lançado oficialmente durante a Expointer 2025.
