Segundo o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), os criadores de búfalos podem aumentar a renda em até 50% até o fim de 2026, graças ao trabalho conjunto entre pecuaristas e o IDR-Paraná, estruturado em quatro pilares: sanidade, nutrição, genética e comercialização.
Foto: Wenderson Araujo/Trilux

Conforme informado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), os criadores de búfalos podem aumentar a renda em até 50% até o fim de 2026, graças ao trabalho conjunto entre pecuaristas e o IDR-Paraná, estruturado em quatro pilares: sanidade, nutrição, genética e comercialização.

A bubalinocultura vem ganhando força no Paraná, hoje o estado possui um rebanho estimado em 35 mil búfalos, sendo 70% concentrados no Vale do Ribeira (PR), principal polo da atividade. Os números mostram um setor em expansão: em 2024, a bubalinocultura movimentou R$ 39,1 milhões no Valor Bruto da Produção (VBP), dos quais R$ 27,9 milhões vieram do corte e R$ 11,2 milhões da produção de leite, segundo o Deral/Seab.

Nesta semana, o IDR-Paraná realizou em Itaperuçu (PR) o III Encontro Regional de Produtores de Búfalo do Vale do Ribeira, que reuniu 126 criadores de búfalos. O evento contou com apoio da prefeitura e da Associação dos Produtores de Leite de Búfala de Campo Largo e Vale do Ribeira (AproleVale), reforçando o trabalho de integração técnica e comercial do setor.

Caminhos para aumento da renda

O assessor regional de extensão do IDR-Paraná, Juliano de Lima Souza, explica que as ações do Instituto estão organizadas para dar suporte completo ao produtor. Em novembro, veterinários iniciaram os exames de brucelose e tuberculose, exigência essencial do mercado de lácteos, dando início ao eixo da sanidade.

Os demais eixos, nutrição, genética e comercialização, incluem assistência técnica, troca de experiências, manejo de pastagens, planejamento de reprodução, boas práticas e apoio à formação de redes comerciais.

Para Juliano, a bubalinocultura se destaca pela rusticidade, já que os animais apresentam boa adaptação a diferentes terrenos e maior resistência a doenças.

Além disso, oferecem carne mais magra e leite com alto teor nutricional, utilizado na produção de muçarela de búfala e outros queijos de valor agregado. Produtores também relataram ao Instituto que a produção de leite de búfala é maior do que a do gado de corte tradicional