A Embrapa Semiárido, com sede em Petrolina (PE), está promovendo avanços na caprinocultura no Semiárido por meio do projeto “Eólicas de Casa Nova”. A iniciativa busca superar os desafios da criação de caprinos na região, principalmente a dependência da vegetação nativa da Caatinga, severamente afetada por estiagens prolongadas.
Com apoio da prefeitura de Casa Nova (BA) e de empresas do setor privado, o projeto incentiva o uso de tecnologias voltadas à produção de forrageiras e ao aprimoramento do manejo animal. A escassez de alimentos impacta diretamente a produtividade, obrigando os produtores a recorrer a rações concentradas, o que eleva os custos e reduz a competitividade dos pequenos criadores.
Tecnologias forrageiras e diversificação de cultivos
A proposta visa aumentar a resiliência das pequenas propriedades, promovendo a diversificação de cultivos forrageiros e reduzindo a dependência de insumos externos. Entre as espécies introduzidas nas propriedades parceiras estão:
· Palma forrageira
· Gliricídia
· Leucena
· Sorgo
· Milho
· Guandu
· Melancia forrageira
Essas espécies contribuem para uma dieta mais balanceada e contínua ao longo do ano.
“Com a diversificação dos cultivos, garantimos alimento de alta qualidade nutricional ao longo do ano, o que melhora a produção de leite e carne”, explica a pesquisadora Salete Morais, da Embrapa Semiárido, responsável pelo acompanhamento técnico do projeto.
Melhoria genética e produtividade na caprinocultura
Além das melhorias na alimentação, o projeto incentiva a substituição de animais de baixa produtividade por raças mais especializadas, como a Saanen, voltadas à produção leiteira.
“Queremos que essas propriedades se tornem modelos para a região, mostrando que a diversificação e o manejo adequado fazem a diferença para o pequeno produtor”, destaca Salete.