Pecuária sustentável

Projeto “Eólicas de Casa Nova” da Embrapa promove desenvolvimento da caprinocultura no Semiárido

Com apoio da prefeitura de Casa Nova e empresas do setor privado, iniciativa incentiva o uso de tecnologias voltadas à produção de forrageiras e ao aprimoramento do manejo animal

A Embrapa Semiárido, com sede em Petrolina (PE), está promovendo avanços na caprinocultura no Semiárido por meio do projeto “Eólicas de Casa Nova”.
Foto: Fernanda Birolo/Embrapa

A Embrapa Semiárido, com sede em Petrolina (PE), está promovendo avanços na caprinocultura no Semiárido por meio do projeto “Eólicas de Casa Nova”. A iniciativa busca superar os desafios da criação de caprinos na região, principalmente a dependência da vegetação nativa da Caatinga, severamente afetada por estiagens prolongadas.

Com apoio da prefeitura de Casa Nova (BA) e de empresas do setor privado, o projeto incentiva o uso de tecnologias voltadas à produção de forrageiras e ao aprimoramento do manejo animal. A escassez de alimentos impacta diretamente a produtividade, obrigando os produtores a recorrer a rações concentradas, o que eleva os custos e reduz a competitividade dos pequenos criadores.

Tecnologias forrageiras e diversificação de cultivos

A proposta visa aumentar a resiliência das pequenas propriedades, promovendo a diversificação de cultivos forrageiros e reduzindo a dependência de insumos externos. Entre as espécies introduzidas nas propriedades parceiras estão:

·         Palma forrageira

·         Gliricídia

·         Leucena

·         Sorgo

·         Milho

·         Guandu

·         Melancia forrageira

Essas espécies contribuem para uma dieta mais balanceada e contínua ao longo do ano.

“Com a diversificação dos cultivos, garantimos alimento de alta qualidade nutricional ao longo do ano, o que melhora a produção de leite e carne”, explica a pesquisadora Salete Morais, da Embrapa Semiárido, responsável pelo acompanhamento técnico do projeto.

Melhoria genética e produtividade na caprinocultura

Além das melhorias na alimentação, o projeto incentiva a substituição de animais de baixa produtividade por raças mais especializadas, como a Saanen, voltadas à produção leiteira.

“Queremos que essas propriedades se tornem modelos para a região, mostrando que a diversificação e o manejo adequado fazem a diferença para o pequeno produtor”, destaca Salete.