
O mercado mundial de leite entra em 2026 com os preços pressionados, conforme informado pela StoneX. De acordo com o documento, a queda causará uma redução nas margens para produtores brasileiros devido ao excesso de oferta em grandes exportadores.
Nos Estados Unidos, a produção cresce mesmo com custos estáveis, impulsionada por investimentos em genética e processamento. O excesso de leite deve levar a queda nos preços e a aumento no abate de vacas até o fim de 2025.
Na União Europeia, desafios sanitários, como a língua azul, impactaram a prenhez de vacas em países como Alemanha, França e Reino Unido. O aumento da oferta no final do ano, período de menor atividade industrial, reduz a competitividade das exportações de queijos.
No Brasil, a entrada de importados influencia os preços internos. Quando os preços internacionais caem, a demanda pelo leite nacional diminui, o que pressiona o mercado do país. A relação de troca entre leite e arroba da vaca gorda está desfavorável em regiões como São Paulo e Goiás, tornando a produção menos atrativa.
A redução de custos com alimentação animal, especialmente milho, pode amenizar a pressão sobre as margens no início de 2026, mas não deve elevar os preços do leite significativamente. Os preços devem continuar pressionados até o primeiro trimestre de 2026, com fatores pontuais, como redução das margens argentinas e ajustes na paridade de importação, o que oferece apenas suporte limitado às cotações.