
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que Sergipe foi o estado nordestino com maior crescimento na produção de leite no primeiro trimestre de 2024, quando avançou 22,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com produção de 132,2 mil litros.
“Esse crescimento é resultado de um trabalho conjunto entre produtores, municípios e o governo, com ações estruturadas de incentivo à produção e à infraestrutura rural”, afirma Zeca Ramos da Silva, secretário de Estado da Agricultura, sobre o papel das políticas públicas.
Nos últimos anos, o Governo de Sergipe tem investido no fortalecimento da cadeia leiteira. Por meio de programas como o Mão Amiga, o Sementes do Futuro, a Mais Genética no Sertão e o Programa de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), o estado oferece suporte técnico, genético e logístico ao pequeno e médio produtor rural.
Com isso, o estado anunciou o projeto da Adutora do Leite, que quer beneficiar diretamente cinco municípios do alto sertão sergipano, incluindo Monte Alegre e Nossa Senhora da Glória. A obra, tem investimento previsto de R$ 250 milhões, e quer garantir o abastecimento hídrico para mais de 265 mil animais, reduzindo custos e ampliando a capacidade produtiva da região.
Com a construção da adutora, a expectativa é que a produção anual de leite ultrapasse os 296 milhões de litros, mantendo o estado como uma das referências na pecuária leiteira do Nordeste.
Além disso, segundo Wagner Sousa Lapa, técnico da Emdagro, o diferencial da cadeia leiteira é a capacidade de movimentar a economia dentro do próprio município. “O dinheiro fica na região. O produtor compra insumos, paga mão de obra, investe na propriedade. É geração de renda local.”
Com políticas públicas, tecnologia aplicada ao campo e ações de infraestrutura, Sergipe amplia seu potencial rural em desenvolvimento econômico regional.