O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, apresentou uma nova tecnologia durante o 1º Encontro de Bubalinocultura do IZ, realizado em Nova Odessa no último dia 10 de setembro.
O destaque foi o exame da kappa-caseína, que permite identificar búfalos com maior potencial para produção de queijo. A inovação deve impulsionar a produtividade da muçarela de búfala, tradicional produto da bubalinocultura.
Pesquisa genética para maior rendimento
O estudo avaliou o gene CSN3, responsável pela produção da proteína kappa-caseína. Segundo o pesquisador Anibal Vercesi Filho, do IZ, animais que possuem o alelo B apresentam maior rendimento na fabricação de queijos.
A análise envolveu 600 búfalos de criadores associados à Associação Brasileira de Criadores de Búfalo (ABCB), distribuídos em diversas cidades paulistas. Durante o evento, produtores receberam os primeiros laudos.
O Instituto de Zootecnia já havia desenvolvido, em anos anteriores, o exame que certifica o leite 100% de búfala, garantindo autenticidade e segurança alimentar. Agora, com a nova tecnologia, será possível obter mais queijo por litro de leite, fortalecendo ainda mais a cadeia produtiva.
Além do lançamento, o encontro reuniu pesquisadores, técnicos e estudantes para debater desafios e soluções para o setor. Palestras abordaram temas como manejo reprodutivo, qualidade do leite e certificação de pureza.
A pesquisadora Flávia Fernanda Carneiro Santana, que desenvolveu a metodologia durante seu mestrado, destacou a importância de novos marcadores genéticos. Já Vercesi ressaltou projetos em andamento, como a parceria com a Unesp de Botucatu, voltada à busca de marcadores associados à eficiência alimentar de búfalos, tanto para carne quanto para leite.