O Paraná conta com mais de mil abrigos de morcegos cadastrados, em que 951 estão ativos, conforme dados da Divisão de Raiva dos Herbívoros da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Esses locais abrigam morcegos hematófagos, principais transmissores do vírus da raiva.
A Adapar realiza monitoramento diário dos casos, com controle e planejamento de ações voltadas à prevenção da doença da raiva no estado. O trabalho envolve vigilância em campo, análise técnica e orientação às equipes regionais que atuam nas áreas de risco.
Entre as medidas mais comuns estão a revisão e o controle dos abrigos de morcegos hematófagos, localizados principalmente em áreas de mata, grutas e propriedades rurais. A agência reforça que apenas a espécie Desmodus rotundus (morcego hematófago) pode ser manejada e tratada. As demais espécies são protegidas por lei e não devem ser capturadas.
A raiva é uma zoonose que representa risco tanto para os rebanhos quanto para as pessoas. Transmitida principalmente por morcegos hematófagos, a doença causa prejuízos econômicos aos produtores e ameaça à saúde humana, já que não há cura após o aparecimento dos sintomas.
A Adapar orienta que casos suspeitos sejam comunicados imediatamente, atuando de forma preventiva e técnica para garantir a sanidade dos rebanhos e a segurança das comunidades rurais.
É fundamental evitar o contato direto com morcegos e com a saliva de animais que apresentem sinais neurológicos — como dificuldade de locomoção, salivação intensa ou comportamento agressivo. Nessas situações, a recomendação é manter distância e informar a Adapar imediatamente.
Vacinação de animais de produção
Além do controle dos abrigos, a Adapar também promove campanhas e orientações sobre a vacinação de animais de produção, considerada a forma mais eficaz de prevenção contra a raiva. O preço da dose varia entre R$ 2 e R$ 3 por animal.