
As exportações brasileiras de peixe atingiram um novo recorde no primeiro trimestre de 2025, totalizando mais de 3,9 mil toneladas, segundo o Informativo Comércio Exterior da Piscicultura, publicado pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).
O volume representa um crescimento de 89% em relação ao mesmo período de 2024.
Crescimento no faturamento e protagonismo da tilápia
Em termos de faturamento, o avanço foi ainda mais expressivo: aumento de 112%, somando mais de US$ 18,5 milhões entre janeiro e março.
A tilápia segue como a principal espécie exportada, respondendo por 92% do valor total — cerca de US$ 17 milhões.
Na sequência aparecem curimatá e tambaqui (3% cada) e pacu (2%).
Estados Unidos lideram como destino das exportações
Os Estados Unidos continuam sendo o principal destino da piscicultura brasileira, com compras superiores a US$ 16,3 milhões, o que representa 88% das exportações do período.
O Peru aparece como segundo maior importador, com 7% de participação.
Categorias exportadas e variações nos preços
As exportações de tilápia se dividem em cinco categorias: filé (congelado e fresco/refrigerado), peixe inteiro (congelado e fresco/refrigerado) e subprodutos não destinados ao consumo humano.
Entre elas, apenas a tilápia congelada apresentou aumento de preço médio.
O filé fresco ou refrigerado, principal item exportado, teve queda de 7% no valor médio por quilo, recuando de US$ 7,57 para US$ 7,07.
Mercado norte-americano influencia preço médio
Segundo Manoel Pedroza, economista da Embrapa Pesca e Aquicultura, a queda nos preços pode estar relacionada à acomodação do mercado norte-americano após fortes altas em 2024.
“O aumento expressivo nos preços no ano passado pode ter reduzido a demanda dos consumidores, o que levou à atual retração nos preços”, explica.