
A piscicultura sul-mato-grossense deve fechar 2025 com 50 mil toneladas de pescado, segundo estimativa da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). O setor contou com o apoio do poder público em incentivos fiscais e investimentos em infraestrutura para os pescadores.
Os dados foram apresentados durante o 1º Dia de Campo de Peixes Nativos, realizado na última sexta-feira (7), em Terenos (MS). O evento, promovido pela Semadesc e pela Agraer, em parceria com o Senar-MS, reuniu produtores, técnicos e representantes do setor público e privado.
Segundo Cinthia Baur, gestora do Programa Peixe Vida, o Mato Grosso do Sul possui atualmente 3.324 hectares dedicados à piscicultura, com 10.305 viveiros e 2.456 tanques-rede, concentrados nos municípios de Terenos, Mundo Novo, Paranaíba e Aparecida do Taboado. “Os números vêm crescendo após as mudanças implementadas no programa. Nossa meta é atingir 50 mil toneladas até o fim de 2025”, destacou Cinthia.
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul tem adotado uma série de medidas para estimular a produção de peixes nativos e tilápias, com destaque para:
- Isenção de ICMS nas operações internas com peixes frescos ou congelados;
- Crédito fiscal de 5% sobre a base de cálculo nas vendas interestaduais;
- Redução da carga tributária efetiva para cerca de 1% para produtores e indústrias cadastradas no Programa Peixe Vida, integrante do PROPEIXE (Plano Estadual de Desenvolvimento da Piscicultura);
- Investimentos em infraestrutura rural, como o asfaltamento e melhoria de estradas vicinais, que facilitam o transporte da produção.
Essas ações têm ampliado o acesso dos piscicultores a novos mercados, especialmente São Paulo, Minas Gerais e Goiás, e fortalecido a competitividade do pescado sul-mato-grossense.
O secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta, reforçou o compromisso do Governo em tornar a piscicultura mais sustentável, integrada e lucrativa. Ele destacou ainda o papel do Programa Peixe Vida, que já distribui R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões anuais em incentivos, beneficiando produtores em todas as etapas da cadeia.
O evento contou também com estações de aprendizado prático, onde os participantes puderam vivenciar etapas do manejo, nutrição e sanidade dos peixes, reforçando a importância da inovação e sustentabilidade na piscicultura.