Quando se fala em políticas públicas de incentivo à produção sustentável, especialmente voltada a suinocultura, o Programa Leitão Vida, do Governo de Mato Grosso do Sul, se destaca como um exemplo concreto de como compromisso ambiental e tecnologia podem caminhar juntos. E isso foi constatado em um artigo científico assinado por pesquisadores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que avaliou a ecoeficiência da produção de suínos em granjas comerciais e os impactos da iniciativa estadual.
O estudo, conduzido por Carolina Obregão da Rosa, Rita Therezinha Rolim Pietramale, Juliana Dias de Oliveira e Clandio Favarini Ruviaro, vinculados aos Programas de Pós-Graduação em Agronegócio e em Zootecnia da UFGD, analisou as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) na suinocultura e comparou os resultados ao modelo incentivado pelo programa estadual.
Segundo os autores, o incentivo financeiro de US$ 0,36 por animal dentro do Programa Leitão Vida contribuiu diretamente para a melhoria do indicador de ecoeficiência, que passou a apresentar valores positivos.
“O programa, ao exigir que os produtores atendam às diretrizes do MS Carbono Neutro, apoia práticas sustentáveis alinhadas ao equilíbrio entre produtividade e responsabilidade ambiental”, afirmam no texto.
Em abril de 2025, o Governo do Estado publicou uma nova resolução conjunta entre a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), que moderniza o programa e estabelece critérios mais rigorosos para adesão.
“Elevamos a régua”, disse o secretário Jaime Verruck, ressaltando que os incentivos continuarão, mas serão proporcionais ao esforço dos produtores em adotar práticas mais sustentáveis e inovadoras.
Com o título “Avaliação da Ecoeficiência da Produção de Leitões: Uma Abordagem de Valor Econômico Adicionado ao GWP”, o artigo está disponível em plataformas científicas online e pode ser lido a partir deste link, clicando aqui.