A Defesa Agropecuária de São Paulo alerta para a obrigatoriedade da vacinação contra a Brucelose, que vai até 31 de dezembro, e irá fiscalizar os rebanhos do estado.
Foto: Wenderson Araujo/Trilux

A Campanha de Vacinação contra a Brucelose segue em andamento em todo o Estado de São Paulo até o dia 31 de dezembro. A ação é coordenada pela Defesa Agropecuária, ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), e tem como objetivo manter o controle e a prevenção da doença que afeta bovinos e bubalinos.

Devem ser vacinadas todas as fêmeas bovinas e bubalinas com idade entre três e oito meses. A vacinação do rebanho teve início em 1º de julho e é obrigatória para todos os produtores.

Por se tratar de uma vacina viva, que oferece risco de infecção ao manipulador, a aplicação deve ser feita exclusivamente por um médico-veterinário cadastrado na Defesa Agropecuária. O profissional é o responsável por emitir o atestado de vacinação, documento necessário para a comprovação oficial.

A lista com os médicos-veterinários credenciados está disponível no site da Defesa Agropecuária. Após a aplicação, o veterinário deve registrar o atestado no sistema Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal) em até quatro dias. O sistema valida a imunização e cruza os dados com o rebanho declarado pelo produtor.

Se houver divergência entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho, o produtor será notificado por e-mail para corrigir as informações e concluir o processo.

O modelo alternativo de identificação, o primeiro aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), substitui a antiga marcação a fogo. Agora, a marcação pode ser feita com bottons coloridos, que garantem maior bem-estar animal e segurança para o produtor e o veterinário.

O significado de cada tipo de identificação:

  • Botton amarelo: identifica fêmeas vacinadas com a vacina B19;
  • Botton azul: identifica fêmeas vacinadas com a vacina RB 51.

Em caso de perda ou dano do botton, o produtor deve solicitar a reaplicação ao veterinário responsável ou diretamente à Defesa Agropecuária. O uso do botton é válido apenas em território paulista, sendo proibido o trânsito de rebanho com essa identificação para outros estados.

Desde 1º de novembro, também está em curso a Campanha de Atualização de Rebanhos. A medida é obrigatória após o fim da vacinação do gado contra a Febre Aftosa, encerrada em 2023. Os produtores têm até o dia 15 de dezembro para atualizar os dados no sistema Gedave. Devem ser declaradas todas as espécies existentes na propriedade, como bovinos, bubalinos, equinos, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e abelhas, entre outros.

Quem não realizar a atualização pode ter bloqueada a movimentação dos animais e impedida a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), além de sofrer sanções administrativas. A atualização pode ser feita online pelo sistema Gedave, em uma unidade da Defesa Agropecuária ou por e-mail, utilizando o formulário disponível no site oficial.