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Brasil deve ganhar 23 novas agtechs em 2025, com foco em logística e comercialização

Estudo do Supera Parque aponta fortalecimento de soluções “pós-porteira” e mostra crescimento das startups agro no Sudeste

Brasil deve ganhar 23 novas agtechs em 2025, com foco em logística e comercialização

Até o final deste ano, o Brasil deve registrar a criação de 23 novas startups voltadas ao agronegócio (agtechs), com destaque para aquelas que atuam depois da porteira — áreas como logística, rastreabilidade, processamento e comercialização de alimentos.

A estimativa é do Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, ligado à Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a prefeitura da cidade e o governo paulista.

Segundo o levantamento, nove dessas novas agtechs devem focar em soluções pós-porteira, enquanto oito devem atuar diretamente dentro das fazendas e seis se concentrarão em serviços da etapa pré-porteira, como insumos e preparo do solo.

Os dados refletem uma tendência crescente por inovação voltada à sustentabilidade, eficiência operacional e digitalização das atividades agropecuárias.

Mercado atual de agtechs no Brasil

Hoje, o Brasil conta com 1.837 agtechs em operação – destas, 41,6% atuam após a porteira da fazenda; 41% se dedicam a atividades no campo, como manejo, irrigação e colheita; e 17,4% atuam no fornecimento de insumos e serviços antes do plantio, um nicho que, segundo o Supera Parque, representa uma janela de oportunidade para expansão.

A região Sudeste concentra o maior número dessas startups, com 1.066 agtechs — sendo 832 apenas no estado de São Paulo. Por área de atuação, ganham destaque as empresas que desenvolvem alimentos com apelo inovador e atendem novas tendências de consumo (252 companhias), além das voltadas à gestão de propriedades rurais (156 empresas).

“O mapeamento é uma ferramenta estratégica para os diversos agentes do ecossistema agro, permitindo identificar polos de inovação, gargalos e como a tecnologia está transformando a cadeia de produção de alimentos no país”, afirma Bruno Gasparini, gestor de Estudos Setoriais do Supera Parque.

Olhando para 2026

A projeção da instituição para o ano que vem indica que o Brasil poderá chegar a 1.884 agtechs ativas. Em um cenário de mercado mais aquecido, esse número pode alcançar até 2.029 startups. Por outro lado, uma conjuntura desfavorável pode reduzir o total para cerca de 1.740.