Aniversário do Broto

Broto completa 5 anos com importantes resultados alcançados e três frentes de negócios

Criada na pandemia, plataforma de agro do Banco do Brasil foi a responsável pela primeira feira digital da história do Banco e já superou R$ 9 bilhões em negócios 

Dois equipamentos agrícolas serão usados para impulsionar a produção rural e beneficiar pequenos produtores locais
Foto: Robert So/Pexels

Neste mês de julho, o Broto comemora 5 anos de operação, com importantes resultados alcançados e três frentes de negócios: o Marketplace Broto, o Clube Broto e o Barter Broto

Atualmente, a plataforma digital do Banco do Brasil já superou R$ 9,3 bilhões em GMV — volume total de vendas geradas —, recebeu mais de 10 milhões de acessos, conta com cerca de 1 mil anunciantes e mais de 320 mil produtores cadastrados.

Os números impressionam e, olhando de fora, pode parecer que a trajetória foi fácil. No entanto, se engana quem pensa assim.  

Como tudo começou

O contexto global da época era bastante desafiador e nebuloso: a pandemia da Covid-19 transformava profundamente as relações de trabalho e a dinâmica econômica global. Enquanto empresas tradicionais reviam metas e reduziam suas operações diante de um cenário de total incerteza, o Broto surgiu, em julho de 2020, com um objetivo claro: ser uma plataforma que agrega serviços não financeiros vinculada à maior seguradora e ao maior banco do agronegócio brasileiro: a Brasilseg e o Banco do Brasil.   

“A primeira grande dificuldade que eu posso colocar foi a criação da plataforma. Nós a criamos na pandemia e fomos conhecer os nossos colaboradores, nossos clientes e nossos fornecedores, presencialmente, depois de um ano e meio. Se montar um negócio já é desafiador, imagine nesse contexto”, relembra o diretor-executivo do Broto, Francisco Martinez, o Chicão, que está na empresa desde o começo da jornada.

Já no início da operação, veio um grande desafio: realizar a primeira feira virtual da história do Banco do Brasil, que acabou sendo um grande sucesso, com a movimentação de R$ 800 milhões em negócios.

“Havia uma questão de mercado em que as feiras físicas – nas quais o BB é muito tradicional estavam suspensas. As grandes empresas de máquinas e implementos pediam que o Banco fizesse algo no sentido de minimizar o impacto do que estava acontecendo”, conta Chicão.

A partir daí, o Broto se consolidou e, até os dias de hoje, é considerado dentro do Banco do Brasil como o primeiro movimento de intraempreendedorismo, ou seja, uma iniciativa de inovação desenvolvida a partir de uma empresa do próprio BB. 

Nos dois anos seguintes, o Broto expandiu significativamente o seu Marketplace e começou a oferecer cursos e conteúdos exclusivos, consolidando-se cada vez mais no mercado. A virada de chave, no entanto, veio em 4 janeiro de 2023, quando foi oficialmente criada a BROTO S.A., empresa responsável por todas as linhas de negócio e que tem como acionistas o Banco do Brasil e a Brasilseg. 

“Nesses 5 anos de operação, o que a gente percebeu é que o produtor rural sabe que se adotar tecnologia, pode melhorar produtividade e gestão, mas ele tem dificuldade de separar quais as melhores soluções e quais as melhores empresas”, comenta o diretor-executivo. 

“Nesse sentido, a gente continua investindo, visando ocupar essa lacuna e se tornar o principal ecossistema agrodigital do Brasil, levando tecnologia, conteúdo especializado, capacitação, seguros e crédito para toda a cadeia do agronegócio”, complementa. 

Dificuldades e oportunidades de mercado

Apesar do grande sucesso do Broto em pouco tempo de existência, Chicão relembra de alguns momentos de dificuldades enfrentados no meio do processo e aponta que, como empresa, é sempre importante diversificar as formas de atuação.

“No final do ano passado, a gente, assim como todo o setor, sofreu com a questão da redução de vendas de máquinas e implementos e com o aumento da inadimplência, mas, com tudo isso, a gente tem conseguido crescer de maneira consistente, ano após ano”, comenta. 

Para o diretor-executivo, o sucesso do projeto não é fruto apenas do trabalho que vem sendo realizado pela empresa, mas, também, de um movimento mais amplo que ocorre no agronegócio: a digitalização

Segundo Chicão, hoje em dia, 46% dos produtores rurais já preferem utilizar o digital para realizar compras. “E, se recortarmos o público que a gente chama de possíveis sucessores – pessoas de 24 a 34 anos –, esse número sobe para 60%”, afirma o executivo, projetando que esse posicionamento como a plataforma digital do BB “tende a gerar frutos ainda melhores com o passar dos anos”.

Ainda na linha de diversificar as formas de atuação, o Broto busca, além da ampliação do volume de negócios no Marketplace com as vendas digitais, fortalecer suas outras duas frentes de negócios: o Clube Broto e o Barter Broto

A primeira nova linha de negócios é um clube de benefícios por meio do qual os assinantes têm acesso a um portfólio de soluções tecnológicas criteriosamente selecionadas pelos especialistas do Broto, com  descontos exclusivos, benefícios especiais e recompensas gratuitas.

A segunda é uma  plataforma que digitaliza a tradicional operação de barter, tornando mais simples, ágil e segura a compra de insumos em que o produtor rural paga com sua produção futura de grãos. 

Os próximos 5 anos 

“Quem trabalha no Broto, trabalha por propósito. Essa pessoa realmente acredita que, com a digitalização, a gente vai conseguir contribuir para que o agro fique cada vez mais próspero, para que tenhamos cada vez mais produtividade e para que o setor gere cada vez mais riqueza”, afirma Chicão, ao projetar os próximos cinco anos da empresa

Na visão do executivo, até 2030, o Broto vai contribuir significativamente para que muitos produtores rurais que demorariam, ou talvez não teriam acesso à tecnologia, passem a ter. 
“A gente acredita muito que nos próximos cinco anos o modelo vai estar bastante consolidado e que a gente vai estar expandindo cada vez mais com o ecossistema de inovação, cada vez mais com a academia e trazendo novos modelos de negócio”, projeta o executivo.