A produção agrícola e a contabilidade nunca foram próximas. No entanto, em 2018, com a chegada de novas exigências fiscais — como o Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR) e a obrigatoriedade da nota fiscal eletrônica —, a distância entre esses dois mundos ficou mais complexa.
Foi justamente para estreitar essa relação que nasceu a Farmcont. Criada em 2020, dentro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a ferramenta do grupo Parvin surgiu como uma startup com uma proposta clara: desenvolver uma plataforma contábil feita sob medida para o agronegócio e conectar produtores a contadores especializados.
Naquela época, segundo a contadora Karoline Karsten, sócia da empresa, o mercado ainda não oferecia soluções pensadas para o setor. “Existiam mecanismos gerais, mas ainda não existia uma ferramenta com foco nas rotinas que só existem no agronegócio, bem particulares do setor”, afirma.
Ao mirar em um público tradicionalmente esquecido — o produtor rural pessoa física, que é o único tipo de pessoa física no Brasil obrigado a entregar escrituração fiscal à Receita Federal —, a startup encontrou um espaço pouco explorado. Com a digitalização e o avanço das ferramentas de fiscalização, esse produtor passou a ser cada vez mais cobrado pelo Fisco.
“Existe hoje no Brasil um grupo de produtores rurais que é desassistido pelos contadores. Se formos avaliar, há dez anos, o produtor não era um foco de fiscalização da Receita Federal. Com os últimos instrumentos criados, o Fisco passou a ter acesso aos dados do produtor mais de perto”, explica Karoline.
Muitos produtores, segundo ela, acabam arcando com prejuízos por falta de conhecimento. “Às vezes produtores acabam pagando multas, e até mesmo perdendo patrimônio, não por não querer pagar, mas por não conhecer a fiscalização”, conta.
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É para resolver esse tipo de problema que a Farmcont se propõe a ser o elo entre o campo e a contabilidade. Ajudando os contadores a garantirem conformidade fiscal para seus clientes, a plataforma oferece um suporte feito inteiramente por profissionais da área contábil. “Nosso time é formado por contadores, que entendem tanto da legislação quanto das particularidades do agro. Isso muda tudo”, diz a sócia.
O que começou como um projeto incubado na universidade rapidamente ganhou escala. No primeiro ano, já eram mais de 30 clientes. Hoje, cinco anos depois, a Farmcont atende mais de mil escritórios de contabilidade e impacta mais de 35 mil produtores rurais em todo o país, além de presente em mais de R$ 50,7 bilhões movimentados. No modelo B2B2C, o contador é o cliente direto da ferramenta, mas os benefícios chegam até o produtor na ponta.
“Ainda existe um número grande de produtores sem apoio técnico adequado. Nosso trabalho é mudar essa realidade, criando pontes e simplificando o que sempre foi complicado”, resume Karoline.
O crescimento da Farmcont segue firme, com os pés no chão e o olhar voltado para as reais necessidades do campo. Agora, a plataforma também integra o Clube Broto — um clube de benefícios voltado ao agro, que busca aproximar os produtores da digitalização e oferecer soluções práticas para o dia a dia.
Por meio do Broto, assinantes têm acesso a ofertas especiais, descontos, benefícios e recompensas, além de um portfólio de soluções tecnológicas criteriosamente selecionadas por especialistas do setor. Membros do clube podem testar gratuitamente a Farmcont por 45 dias e ainda contar com 10% de desconto na ferramenta. Aproveite!
