
Você já parou para pensar na importância dos dados para a tomada de decisões no campo? Em um país continental como o Brasil, onde cada região planta em um tempo, colhe em outro e enfrenta desafios distintos – pragas, clima, mercado –, confiar apenas na intuição ou na experiência pode não ser suficiente.
Segundo o Índice de Transformação Digital do Brasil (ITDBr), o nível de maturidade digital das empresas brasileiras em 2024 alcançou 3,7 pontos numa escala de 0 a 6. Apesar de estar acima da média global, ainda há barreiras significativas para serem superadas. Como conectar as pontas entre dados, tecnologia e tomada de decisão prática? E como levar isso de forma acessível e funcional para o agronegócio?
É justamente para responder essas perguntas que nasceu a IMBR Agro, uma startup de analytics especializada em gestão de risco e inteligência agroclimática, criada em 2018 a partir de uma pesquisa científica na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP). Hoje, é uma das empresas aliadas do Clube Broto, nosso clube de benefícios que aproxima o produtor rural de um portfólio de soluções tecnológicas criteriosamente selecionadas, com ofertas e benefícios exclusivos.
“Quando falamos de agricultura, é difícil ter controle. Tudo acontece a céu aberto. Eu não posso vender a soja no preço que eu quero. Por isso, a análise de riscos é fundamental para entender o que o mercado pede”, explica, em entrevista, Lucas Magro Koren, diretor de Estratégias & P&D e um dos fundadores da IMBR.
Da faculdade à inovação no campo
A IMBR surgiu de uma inquietação acadêmica: como criar um indicador que potencializasse a análise de riscos na agricultura? A pesquisa percorreu os corredores da Esalq até se transformar em empresa nas mãos dos quatro fundadores: Lucas Koren, Filipe Scigliano Silva Pinto, Gustavo Naoki e Hernan Angulo, em 2020.
Desde então, a startup passou a trabalhar com dados agroclimáticos para entregar previsões, diagnósticos e estratégias sob medida para o campo. Mas diferentemente de muitas soluções complexas e inacessíveis, a IMBR tem uma proposta simples: fazer com que a tecnologia chegue ao agricultor onde ele estiver, inclusive, no WhatsApp.
A IMBR utiliza dados climáticos, como os do Google Weather, modelos estatísticos e inteligência artificial para traduzir big data em decisões práticas: qual a melhor época de plantio? Qual o potencial produtivo daquela lavoura? Vai chover na próxima semana? Há risco de geada?
“Dividimos em três etapas: primeiro, coletamos os dados com ferramentas digitais. Depois, transformamos o big data em informações úteis: produtividade, riscos, previsões. Por fim, entregamos isso de forma acessível”, detalha Lucas.
E é na última etapa que entra o BETO, uma ferramenta de atendimento automatizado via WhatsApp que conecta o produtor às informações da sua fazenda em tempo real.
“Imagine receber, toda segunda-feira de manhã, uma mensagem no WhatsApp com a previsão do tempo para sua fazenda, os riscos climáticos da semana e recomendações técnicas personalizadas. Esse é o serviço que o BETO oferece”, explicou.
O sistema permite que o produtor cadastre suas áreas e, mesmo fora da propriedade, receba atualizações. A conexão pode ser feita de qualquer lugar do Brasil, desde que o usuário tenha acesso à internet em algum momento para sincronizar os dados.
“O nosso diferencial é massificar a personalização. O cliente diz como e quando ele quer receber as informações. Programamos isso no nosso big data, e o BETO entrega automaticamente no WhatsApp”, explica Lucas.
Superando o abismo digital
Apesar de o agro estar cada vez mais conectado, ainda existe um desafio cultural: mostrar aos produtores o valor da tecnologia. “Até hoje é complicado para as pessoas entenderem que os dados são importantes. Precisamos provar que a tomada de decisão melhora quando ela é orientada por dados”, diz Lucas.
E não é só o produtor que se beneficia. O mercado principal da IMBR são grandes empresas, como seguradoras, cooperativas e outras agtechs. A empresa entrega relatórios e diagnósticos precisos que ajudam a mitigar riscos e alocar recursos com mais eficiência.
Inteligência artificial do campo ao céu
A inteligência artificial é parte central do modelo da IMBR. Ela permite, por exemplo, cruzar dados climáticos com o ciclo de uma cultura agrícola para indicar o melhor momento de aplicação de um insumo ou o risco de quebra de safra.
“Usamos IA para cruzar algoritmos e identificar quando a cultura vai atingir seu pico ou quando minimizar perdas. Em cinco minutos, conseguimos saber a previsão do tempo de qualquer lugar do mundo”, conta o fundador.
A parceria com o Clube Broto
A entrada da IMBR Agro no Clube Broto marcou um passo importante na ampliação do impacto da empresa. A partir dessa parceria, os assinantes do clube podem acessar as funcionalidades do BETO e outros serviços com condições exclusivas.
“Estamos falando de uma instituição que precisa ser respeitada: o Banco do Brasil. A capilaridade do BB e do Broto é gigantesca. Se queremos promover a transformação digital, precisamos estar em todos os lugares. A parceria permite escalar o contato com os clientes e alcançar ainda mais produtores”, afirma Lucas.
O plano da IMBR Agro é ambicioso: tornar-se referência em inteligência territorial personalizada, uma nova forma de comunicação com o agro baseada em dados. Para Lucas, o objetivo não é somente entregar relatórios: é gerar soluções que façam sentido para cada propriedade, em cada canto do Brasil.
“Queremos entregar inteligência, não só dados. Fazer com que o produtor entenda o que está acontecendo em sua terra, com recomendações específicas, que cheguem a ele de maneira simples e em qualquer lugar do mundo, do Oiapoque ao Chuí”, defende.
A trajetória da empresa já chamou a atenção do mercado. Em 2023, a equipe foi reconhecida pela Revista Forbes como um dos jovens líderes no Forbes Under 30 Brasil.
O BETO e as soluções da IMBR Agro estão disponíveis no Clube Broto. Ao entrar para o clube, você tem acesso a soluções inovadoras para impulsionar o seu negócio. Aproveite as condições exclusivas e torne-se um assinante.