Clube Broto

Hadar do Sol aposta no cooperativismo para levar energia solar ao campo

Com adesão 100% digital e sem necessidade de investimentos em infraestrutura, a empresa integrante do Clube Broto oferece economia e sustentabilidade ao produtor rural

Parceria reforça estratégia para fortalecer presença no mercado de energia renovável.
Foto: Pexels

A relação entre agronegócio e energia elétrica é forte e cada vez mais crescente. Ano após ano, o setor vem demandando mais energia para fazer funcionar tecnologias que buscam impulsionar a produção e, ao mesmo tempo, garantir maior sustentabilidade nas operações. 

Pensando nisso, em 2020, três amigos se juntaram em torno de um negócio: montar uma fazenda solar e comercializar energia verde para o agronegócio. “Na época, a gente foi montando nossa primeira usina e, em paralelo, estudando a melhor maneira de comercializar”, relembra João Paulo Fernandes Oliveira, sócio-fundador da Hadar do Sol. 

“A gente tinha a opção de escolher entre as três formas de comercialização de energia no modelo de Geração Distribuída (GD) das usinas fotovoltaicas: o consórcio, a cooperativa e a associação. Pensando no agronegócio, que possui um cooperativismo muito forte, tomamos a decisão de montar a Cooperativa Hadar do Sol em 2022”, conta João. 

Dali até os dias de hoje, a Hadar do Sol começou a crescer organicamente, replicando os modelos de usinas solares e comercializando a energia gerada para as distribuidoras locais. Para ser um cooperado, basta ser titular de uma unidade consumidora de energia do Grupo B, seja pessoa física ou jurídica, com consumo mínimo de 300 kWh/mês. A adesão é feita 100% on-line, com o termo de adesão assinado digitalmente

“Nós produzimos a energia a partir de fontes solares, injetamos na rede da concessionária que, por sua vez, distribui entre as unidades consumidoras pertencentes à cooperativa, de acordo com o consumo de cada uma”, detalha João.

Além disso, o cooperado da Hadar do Sol não precisa fazer nenhuma modificação, nem aquisição, ou seja, todo o processo de injeção de créditos é feito utilizando a rede da própria concessionária, inclusive todo o apontamento referente ao consumo de energia na GD é feito pela concessionária.

O desconto para o cooperado é dado sobre a tarifa cobrada pela energia (consumo), sem impostos, praticada pela concessionária. “Este desconto na tarifa gera uma economia no custo final da energia consumida”, afirma João. 

Hoje, a Hadar do Sol possui sua maior concentração de usinas no estado de São Paulo, principalmente no interior, para o lado de Ribeirão Preto. Sendo assim, a empresa está bem concentrada dentro das companhias distribuidoras CPFL Paulista, Energiza e Electro. “Esse ano a gente vai para Minas Gerais, começar a pegar a Cemig, e, no ano que vem, a gente quer expandir lá para o lado de Goiás, Tocantins e Mato Grosso”, projeta João. 

Com esse objetivo, a Hadar do Sol aceitou fazer parte do seleto grupo de empresas parceiras do Clube Broto – o primeiro clube de assinatura do agro focado em soluções digitais, inovação e economia para o produtor rural.

“O Clube Broto vem pra nos ajudar a crescer, tanto na comercialização dessa energia gerada nas nossas fazendas para o produtor rural – que no momento não quer fazer um investimento numa usina própria para tocar suas operações – quanto no apoio aos produtores que têm a usina, estão com sobra de energia e não sabem como comercializar”, comenta João. 

Olhando para o futuro, além de acreditar no crescimento da Hadar do Sol, o sócio-fundador aposta em uma democratização cada vez maior no mercado de energia. “A gente tem hoje a energia entrando no movimento que a telefonia atravessou lá atrás”, compara.

“O mercado se abriu. Então, hoje, você pode comprar energia de quem você quiser: de cooperativa, de consórcio, da distribuidora da sua cidade. Você não é obrigado a ficar preso só numa concessionária”, finaliza.