Cerca de 80% dos estabelecimentos rurais produtores de cacau na Bahia pertencem à agricultura familiar, que lidera a produção no estado e reforça seu protagonismo na cacauicultura nacional.
Atualmente, a cacauicultura baiana conta com o apoio de políticas públicas voltadas à inclusão produtiva, coordenadas pelo Governo do Estado por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).
Cooperativas como a Coopfesba (Bahia Cacau), Coopessba (Natucoa) e Terra Vista têm sido protagonistas dessa virada. Com foco na produção de chocolates finos, rastreáveis e com alto teor de cacau, essas marcas expandem a presença da agricultura familiar baiana nos mercados nacional e internacional, agregando valor às amêndoas e fortalecendo a economia local.
Para o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, esse modelo produtivo representa um novo ciclo para a cacauicultura baiana. “O cenário da cacauicultura mudou. Hoje, não estamos falando apenas de produção, mas de um modelo que distribui renda, fortalece comunidades e impulsiona o desenvolvimento rural”, disse Ribeiro.
“A agricultura familiar se tornou protagonista desse processo, garantindo qualidade, sustentabilidade e geração de oportunidades. Esse resultado só foi possível porque as políticas públicas alcançaram quem mais precisa, com editais exclusivos, novos equipamentos e agroindústrias que agregam valor ao cacau produzido na Bahia”, completou.
Consolidação
A Bahia tem se destacado como uma potência emergente na cacauicultura, em um movimento estratégico para reposicionar o estado no mercado global de cacau, historicamente dominado por commodities. O reconhecimento do cacau da agricultura familiar reforça a importância desse setor para a economia baiana. Além de preservar o bioma da Mata Atlântica
Com foco em qualidade superior, rastreabilidade e impacto social positivo, o estado se afirma como um exemplo de inovação sustentável no campo.