O Governo do Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), alerta para o risco de incêndios florestais na região, em decorrência da estiagem prolongada e altas temperaturas em diferentes regiões do estado
Foto: divulgação/Semadesc

Durante evento promovido nest semana pela Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) do estado do Mato Grosso do Sul, foi apresentado o levantamento de solos realizado pelo órgão em parceria com a Embrapa Solos (RJ).

O estudo, detalhado na quinta-feira (9) pelos pesquisadores Cesar Chagas e Sílvio Bhering, mapeia as áreas com maior e menor aptidão para a produção no estado.

A pesquisa envolveu a coleta e análise de mais de 3.500 amostras de solo em cerca de 3 mil pontos do Mato Grosso do Sul. As amostras foram analisadas nos laboratórios da Embrapa Solos (RJ) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba (SP), para identificar as propriedades químicas, físicas e biológicas de cada tipo de solo.

O trabalho de campo incluiu a abertura de diversos perfis de solo e a realização de testes de infiltração de água, permitindo uma caracterização detalhada de cada região. De acordo com o pesquisador Chagas, as ações foram divididas em três fases, abrangendo um total de 79 municípios do estado. A planície pantaneira, no entanto, não foi analisada pelo zoneamento por ser uma área de preservação ambiental.

Segundo os dados coletados, o Mato Grosso do Sul possui 234 mil km² de área considerada apta para atividades agropecuárias, o que corresponde a aproximadamente 65% da área total do estado.

Com o mapeamento, foi possível identificar áreas agroecológicas, a disponibilidade hídrica, e as restrições e fragilidades ambientais. O estudo também detalha a aptidão do solo para a produção de diversas culturas, como arroz, milho, trigo, girassol, aveia, soja, amendoim, sorgo e cana-de-açúcar.

O levantamento estará em breve disponível na plataforma tecnológica do PronaSolos, programa da Embrapa Solos que fica no portal do Ministério da Agricultura.