Começa no próximo domingo (8), no Mato Grosso, o vazio sanitário da soja, período em que fica proibido o cultivo e a presença de plantas vivas de cultivo da oleaginosa. A medida visa evitar a incidência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática
Foto: Wenderson Araujo/Trilux - CNA

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas em 2026 deve alcançar 332,7 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,7%, ou 12,9 milhões de toneladas a menos em comparação com 2025. Segundo o primeiro prognóstico do IBGE, produtos como canola e gergelim devem aumentar sua importância na produção.

Atualmente, a perspectiva é de que a safra atual (2025) alcance 345,6 milhões de t até o final deste ano, com uma variação mensal positiva de setembro para outubro de 3,7 milhões de toneladas (1,1%).

O resultado seria um recorde histórico, com aumento de 18,1% (ou 52,9 milhões de t) em relação a 2024, quando a produção nacional de grãos foi de 292,7 milhões de t. Esse avanço ocorreu principalmente devido às condições climáticas favoráveis nas lavouras dos principais estados produtores.

O declínio da produção estimado para 2026 deve-se, sobretudo, às menores projeções para o milho (-9,3%), sorgo (-11,6%), arroz (-6,5%), algodão herbáceo (-4,8%), trigo (-3,7%), feijão (-1,3%) e amendoim (-2,1%). Já a próxima safra de soja deve apresentar crescimento de 1,1%, com acréscimo de 1,8 milhão de toneladas.

Em outubro 2025, a área a ser colhida esta projetada em 81,5 milhões de hectares, um aumento de 3,1% (ou 2,4 mi de hectares) frente à área colhida em 2024, e de 0,1% (63,8 mil hectares) em relação a setembro. Os três principais produtos (arroz, milho e soja) representam 92,6% da produção estimada e 87,9% da área colhida em 2025.

Comparando com 2024, houve acréscimos de 4,8% na área colhida de algodão herbáceo, 11,1% no arroz em casca, 3,6% na soja, 4,2% no milho (-5,1% na 1ª safra e +6,8% na 2ª safra) e 12,7% no sorgo. Por outro lado, registraram-se reduções de 6,2% na área colhida de feijão e 18,7% no trigo.

Na produção, os aumentos foram de 10,6% no algodão herbáceo, 18,7% no arroz em casca, 14,5% na soja, 23,5% no milho (+13,8% na 1ª safra e +25,9% na 2ª safra), 31,0% no sorgo e 4,5% no trigo. O feijão teve decréscimo de 1,9%. Soja, milho, algodão e sorgo registraram recordes de produção em 2025.

A colheita deve crescer no Paraná (2,4%) e no Rio Grande do Sul (22,6%), mas recuam no Mato Grosso (-9,8%), em Goiás (-7,8%), no Mato Grosso do Sul (-12,2%), em Minas Gerais (-4,7%), na Bahia (-4,0%), em São Paulo (-6,9%), no Tocantins (-7,8%), no Maranhão (-3,3%), no Pará (-8,3%), em Santa Catarina (-13,4%), no Piauí (-0,6%), em Rondônia (-2,4%) e em Sergipe (-6,5%).