As lavouras de milho de Santa Catarina avançam para estádios mais desenvolvidos, principalmente entre V10 e R4, indicando que a fase de maior risco de infecção por patógenos transmitidos pela cigarrinha-do-milho já passou. Levantamento realizado entre 10 e 17 de novembro mostra média estadual de 11 insetos por armadilha, número compatível com a série histórica do Programa Monitora Milho SC, embora municípios do Grande Oeste, como Ipira, Guatambu, Saudades e Guaraciaba, registrem índices mais altos de infestação.
Foto: Wenderson Araujo/Trilux

As lavouras de milho de Santa Catarina avançam para estágios mais desenvolvidos, principalmente entre V10 e R4, indicando que a fase de maior risco de infecção por patógenos transmitidos pela cigarrinha-do-milho já passou.

Levantamento realizado entre 10 e 17 de novembro mostra média estadual de 11 insetos por armadilha, número compatível com a série histórica do Programa Monitora Milho SC, embora municípios do Grande Oeste, como Ipira, Guatambu, Saudades e Guaraciaba, registrem índices mais altos de infestação.

Situação das lavouras e orientações técnicas

A pesquisadora da Epagri/Cepaf, Maria Cristina Canale, explica que “a fase crítica para infecção ocorre entre a emergência do plantio até V8. Isso porque, ao ser infectada no início de seu desenvolvimento, a planta permanece mais tempo exposta aos patógenos.

Por outro lado, quando a lavoura já se encontra na fase reprodutiva e ocorre a inoculação pela cigarrinha, a situação é menos preocupante porque a infecção tardia, em plantas adultas, as mantém em contato com os patógenos por um período mais curto, reduzindo os impactos sobre a produção”, afirma.

Para os agricultores que ainda estão na fase vegetativa do plantio, é recomendado realizar o manejo com defensivos de contato e sistêmicos, aliados a produtos biológicos sempre que possível, a fim de controlar os insetos que estão migrando para as lavouras. Os produtores que iniciaram a colheita também precisam regular adequadamente o maquinário para evitar a perda de grãos que podem originar plantas voluntárias de milho, que servem de abrigo para as cigarrinhas.

O Programa Monitora Milho SC coleta e divulga semanalmente informações de 55 lavouras distribuídas por todo o estado, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinha e as infecções causadas pelos insetos.