A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceram o sucesso do Brasil na proteção do milho de micotoxinas, com a implementação do Código de Práticas para Prevenção e Redução de Contaminação em Cereais por Micotoxinas (CXC 51-2003) do Codex Alimentarius.
O destaque para o país foi declarado por Farid El Haffar, oficial oficial técnico da Secretaria do Codex, comissão da FAO, junto da OMS que coordena contribuições de 188 países e da União Europeia (UE).
A constatação foi feita a partir do primeiro estudo de caso sobre o impacto das normas alimentares determinadas pela comissão. O documento foi feito com a participação da pesquisadora Marta Taniwaki, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo – a pesquisa revelou que a aplicação de praticas recomendadas pelo Codex, da produção até o comércio, auxiliou na redução de níveis de micotoxinas presentes no milho.
“Um dos pontos determinantes para a mitigação de micotoxinas, que podem causar efeitos adversos à saúde humana e animal, foi a aplicação de limites máximos de concentração com base em evidência científica, já que não seria possível zerar esses contaminantes que são produzidos por determinados fungos que crescem naturalmente em diversas culturas em condições quentes e úmidas”, disse a pesquisadora.
O estudo de caso envolveu uma missão internacional coordenada pela Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em que foram analisados dados e informações nacionais sobre a ocorrência de micotoxinas no milho cultivado no país. Também foram realizadas entrevistas com grupos locais de órgãos de controle, setor produtivo e instituições de pesquisa.
“Estamos empenhados em garantir a segurança dos alimentos oferecidos à população brasileira e reconhecemos a relevância dos padrões internacionais do Codex nesse processo”, declarou Ligia Schreiner, gerente de Avaliação de Risco da GGALI e delegada do Brasil no Comitê Codex de Contaminantes em Alimentos