
O último levantamento do programa Monitora Milho SC, realizado entre os dias 13 e 20 de outubro, no município de Benedito Novo (SC), no Vale do Itajaí, registrou alta prevalência de cigarrinhas-do-milho, com mais de 60 insetos por armadilha.
Apesar disso, a média estadual permanece baixa, com menos de um inseto por armadilha nas lavouras catarinenses.
A pesquisadora da Epagri/Cepaf, Maria Cristina Canale, responsável pelo programa Monitora Milho SC, destaca a importância de manter a população de cigarrinhas controlada para reduzir o risco de transmissão das bactérias causadoras dos enfezamentos e dos vírus que afetam o plantio.
Produtores de milho no Extremo-Oeste também precisam intensificar os cuidados devido à presença das bactérias do fitoplasma do enfezamento-vermelho e do espiroplasma do enfezamento-pálido, observada em semanas consecutivas.
Canale ressalta que essa região tem se mostrado crítica para a presença de fitopatógenos do milho no inseto-vetor. “Observamos uma frequência elevada de infecção das cigarrinhas no Extremo-Oeste, o que reforça o alerta para que o manejo inicial da lavoura seja realizado com inseticidas de contato, visando controlar os insetos que estão migrando”, afirma.
A orientação é que os agricultores monitorem a presença dos insetos e realizem o manejo inicial com inseticidas químicos assim que detectarem cigarrinhas nas plantas, complementando o controle com produtos biológicos sempre que possível.
As cigarrinhas infectadas com patógenos dos enfezamentos podem comprometer substancialmente a produtividade das lavouras de milho.