
O Mato Grosso do Sul anunciou, na última terça-feira (17), que o vazio sanitário da soja entrou em vigor no estado entre os dias 15 de junho até 15 de setembro, com objetivo de controlar a ferrugem asiática, que pode causar danos devastadores à produção local.
De acordo com o governo do Estado, durante o período é proibido manter plantas vivas da cultura em todo o território do MS. A medida é considerada fundamental para frear o ciclo de pragas e doenças. De acordo com o diretor-presidente da IAGRO, Daniel Ingold, o vazio sanitário da soja é um “compromisso de todos”.
“Isso ajuda a colaborar para proteger a sojicultura sul-mato-grossense e garantir safras mais produtivas e sustentáveis”, salientou a autoridade. A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é reconhecida como uma das maiores ameaças à sojicultura.
O governo do MS destacou, em comunicado, que o vazio sanitário da soja reduz a sobrevivência da praga ao eliminar plantas hospedeiras (como a soja voluntária), o que diminui a quantidade de esporos no ambiente, o que resulta em uma menor pressão de doenças na próxima safra, proteção econômica para o setor agrícola e sustentabilidade no cultivo da cultura.
Durante os 90 dias de vazio sanitário, é obrigatório:
- Monitorar a propriedade regularmente para identificar e eliminar plantas voluntárias (conhecidas como soja guaxa ou soja tiguera);
- Erradicar todas as plantas vivas por meio de controle químico ou mecânico;
- Não plantar soja fora do período autorizado (safrinha ou cultivo não calendarizado).
“O descumprimento das regras pode acarretar multas e penalidades previstas em lei. A IAGRO reforça a fiscalização e orienta os produtores a seguirem as normas para evitar prejuízos coletivos”, diz o governo do Mato Grosso do Sul.