
O palmito pupunha produzido no Vale do Ribeira, em São Paulo, recebeu oficialmente a Indicação Geográfica (IG), concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), nesta terça-feira (18). O reconhecimento amplia a visibilidade do produto no mercado e fortalece a renda dos 1,8 mil produtores que cultivam cerca de 10 mil hectares na região.
Com a nova certificação, o estado de São Paulo passa a contabilizar 12 selos de IGs, sendo nove ligadas ao agronegócio, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A região produtora é representada pela Apuvale, associação sediada no município de Registro (SP).
Para utilizar o selo da IG, os produtores deverão seguir as práticas tradicionais definidas no caderno de especificações, documento elaborado junto aos agricultores e aprovado pelo Inpi. A certificação contempla diferentes formas de apresentação do palmito:
- Palmito em haste
- Palmito minimamente processado
- Palmito processado
A IG abrange 18 municípios do Vale do Ribeira, entre eles Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Registro e Sete Barras.
Introduzido na região ainda nos anos 1940, o palmito pupunha se adaptou muito bem ao clima quente e úmido do Vale do Ribeira. A planta é valorizada pela sua capacidade de rebrota, permitindo múltiplas colheitas sem a derrubada da palmeira, um diferencial ambiental e econômico para os produtores.