O fungo Colletotrichum lindemuthianum, causador da antracnose, é uma ameaça significativa às lavouras de feijão, especialmente em regiões com temperatura moderada e alta umidade. Segundo pesquisa conduzida pela engenheira agrônoma Gressa Chinelato, a doença pode causar perdas totais em variedades suscetíveis se não for controlada adequadamente.
Sintomas visíveis e impacto na comercialização
Um dos sintomas mais característicos é a necrose nas nervuras das folhas, além de lesões na parte inferior com coloração avermelhada a marrom. As vagens também apresentam lesões circulares e deprimidas, com bordas escuras, enquanto os grãos infectados podem ter sua qualidade comprometida, dificultando a comercialização.
Sobrevivência do fungo e necessidade de manejo preventivo
O fungo sobrevive em sementes, restos culturais e plantas hospedeiras alternativas, o que exige um manejo preventivo rigoroso. Entre as principais recomendações estão:
- Uso de sementes sadias e certificadas;
- Rotação de culturas com gramíneas não hospedeiras;
- Eliminação de restos culturais após a colheita;
- Plantio de variedades resistentes;
- Aplicação de fungicidas específicos para feijão.
“O controle eficiente da antracnose é essencial para preservar a produtividade e a qualidade das lavouras”, destaca Chinelato. A adoção de boas práticas agrícolas e o monitoramento constante são fundamentais para evitar a disseminação do patógeno nas áreas produtoras.