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Fepeal financia projeto de tecnologias sustentáveis em Alagoas

Projeto da Ufal promove irrigação sustentável, melhora produção e aumenta a renda de agricultores no semiárido de Alagoas

A imagem contém o projeto financiado pela Fepeal em Alagoas
Divulgação por: Governo de Alagoas

Com o objetivo de melhorar a produção agrícola familiar em regiões de clima adverso, o pesquisador Adolpho Quintela desenvolveu o projeto “Tecnologias sustentáveis em cultivos irrigados para agricultura familiar”. Com isso, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) financiaram a pesquisa, que foi concluída em fevereiro deste ano.

O Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGA) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizou o estudo durante dois anos. Além disso, o objetivo principal foi fornecer soluções técnicas e científicas para agricultores do sertão, levando a irrigação e o planejamento agrícola mais eficiente.

Objetivos do projeto e incentivos da pesquisa

O projeto nasceu a partir da necessidade de resolver o problema da escassez de água e do uso ineficiente dos recursos hídricos e liderado por Quintela. Assim, pesquisadores do Laboratório de Irrigação e Agrometeorologia (LIA) desenvolveram um sistema de manejo inteligente da irrigação para agricultores familiares do semiárido.

A partir de testes de infiltração no solo e análises laboratoriais, o grupo utilizou dados climáticos e computacionais para calcular a necessidade hídrica de diferentes culturas. A tecnologia permite indicar o melhor tipo de solo, época ideal de plantio e o intervalo correto entre irrigações (turno de rega). Assim, a metodologia fortalece a produção agrícola no entorno do Canal do Sertão, reduz os riscos ambientais e promove o uso sustentável da água.

Manejo nas produções

Além de gerar dados e relatórios técnicos, o projeto teve como foco principal aproximar a ciência da rotina dos agricultores familiares do semiárido.

A aproximação aconteceu por meio de reuniões com a Superintendência de Irrigação e Infraestrutura Hídrica da Seagri, que permitiram apresentar os avanços e facilitar a transferência de tecnologia por meio de agentes de assistência técnica e extensão rural.

Segundo o agrônomo Adolpho Quintela, o contato com os agricultores foi essencial para adaptar as recomendações técnicas à realidade do campo. O uso indevido da irrigação em solos com baixa capacidade de retenção hídrica pode causar erosão, salinização, desertificação e desperdício de água. Por isso, o projeto reforça a importância do manejo sustentável, baseado em dados técnicos e análises de solo e clima.

Além disso, com os dados coletados em campo, a equipe elaborou práticas de manejo específicas para cada tipo de solo e cultura agrícola. Essa abordagem reduz o consumo de água, melhora o aproveitamento dos recursos naturais e eleva a produtividade das lavouras. Além de garantir sustentabilidade ambiental, o sistema contribui diretamente para o aumento da renda dos agricultores familiares do semiárido.