Pensando em sustentabilidade, rastreabilidade e monitoramento de carbono, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (Semadesc) firmou um termo de fomento com a Aprosoja/MS para promover a certificação de propriedades rurais nas cadeias produtivas da soja e do milho.
A ação foi viabilizada por um edital público e será inicialmente implementada nas regiões de Costa Rica e Chapadão do Sul. Entre os principais objetivos estão mobilizar produtores, a adesão à certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy), a realização de diagnósticos técnicos nas propriedades elegíveis e o mapeamento dos principais mercados consumidores.
O projeto também inclui auditorias externas, capacitação de produtores e trabalhadores, além de atividades de educação ambiental, como eventos e palestras sobre boas práticas agrícolas. O diferencial está no monitoramento do estoque de carbono das áreas certificadas, um passo importante na meta estadual de neutralidade de carbono até 2030.
“Já adotamos práticas consolidadas, como a agricultura de baixo carbono e os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta. Agora, avançamos com a identificação e certificação de propriedades, considerando critérios ambientais e produtivos”, destacou Jaime Verruck, secretário da Semadesc.
Para o governo estadual, o foco na rastreabilidade é uma estratégia para atender às demandas de mercados como Europa e Ásia. “Este será o primeiro projeto de rastreabilidade da soja no estado”, reforçou Verruck. Segundo ele, a medida mostra que o agricultor sul-mato-grossense está alinhado aos padrões internacionais.
A execução será acompanhada por comissão técnica e um gestor designado, com avaliações periódicas, prestação de contas e relatórios semestrais sobre a evolução do plantio e colheita.
A expectativa é que o projeto sirva de modelo para outras regiões do Brasil que buscam integrar produtividade e responsabilidade ambiental.