Agricultura regenerativa

Nestlé quer plantar 11 milhões de árvores em projeto de reflorestamento

Iniciativa com re.green e Barry Callebaut vai restaurar 8 mil hectares na Bahia e no Pará até 2030

Amazônia
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pensando na redução das emissões de gases do efeito estufa, a Nestlé anunciou um compromisso de reflorestamento que prevê o plantio de mais de 11 milhões de árvores em áreas nos estados da Bahia e do Pará, tradicionais polos da produção de cacau e café. As ações integram o Programa Global de Reflorestamento da companhia, cuja meta é plantar 200 milhões de árvores até 2030 em diferentes países.

A iniciativa está dividida em dois projetos, em parceria com a startup brasileira re.green e com a multinacional suíça Barry Callebaut, uma das maiores fornecedoras de cacau e chocolate do mundo. Ao todo, serão restaurados 8 mil hectares, em sistemas de florestas nativas e agroflorestas com cacau.

Na porção sul da Bahia, a Nestlé vai atuar ao lado da re.green para reflorestar 2 mil hectares com o plantio de 3,3 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica. O objetivo é aplicar um modelo de restauração ecológica, com foco na recomposição dos ecossistemas naturais, na recuperação de nascentes e no retorno da biodiversidade local.

A Nestlé será responsável por financiar integralmente essa etapa. As atividades terão duração de 30 anos e deve gerar aproximadamente 880 mil créditos de carbono certificados, que podem ser utilizados para compensar emissões de gases de efeito estufa.

Já o segundo projeto envolve a Barry Callebaut e será realizado tanto na Bahia quanto no Pará, com foco em sistemas agroflorestais de cacau. Serão restaurados 6 mil hectares, sendo a maior parte voltada para o cultivo agroflorestal. Deste total, aproximadamente 10% dos hectares também vão receber reflorestamento de alta densidade em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs).

Nesta ação, a Nestlé vai custear 60% dos investimentos, enquanto a Barry Callebaut assumirá os 40% restantes. A previsão é de plantar 7,7 milhões de mudas, entre cacaueiros e espécies nativas, em áreas pertencentes à cadeia produtiva do cacau. A estimativa é que essas ações removam cerca de 600 mil toneladas de CO₂ equivalente (tCO₂e) ao longo dos 25 anos de contrato.