O 4º Encontro Paranaense de Fruticultura, iniciado nesta quarta-feira (9) em Curitiba, colocou em debate os principais desafios e oportunidades da fruticultura no estado. A programação se estende até sexta-feira (11), com palestras, painéis e trocas de experiências entre especialistas, produtores e instituições de pesquisa.
Na abertura, os engenheiros agrônomos Paulo Andrade, do Departamento de Economia Rural (Deral), e Mauro Brasil Dias, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), destacaram entraves que ainda dificultam o avanço do setor. Entre eles, a escassez de mão de obra, a comercialização de mudas clandestinas, a mudança de hábitos alimentares da população e o êxodo rural. “São fatores que impactam diretamente a expansão da fruticultura no Paraná”, pontuaram.
A programação do evento aborda temas como a produção de frutas vermelhas, mirtilo, maracujá, tangerina e uva. Além disso, questões sanitárias, como o greening, considerada a doença mais grave entre os citros, também entraram em pauta, com estratégias preventivas sendo discutidas por técnicos e produtores.
Com condições favoráveis de clima e solo, o Paraná tem ampliado sua diversidade frutífera. Segundo dados preliminares da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Valor Bruto de Produção (VBP) da fruticultura atingiu R$ 3,9 bilhões em 2024, um salto de 37% em relação ao ano anterior. O estado já cultiva 38 espécies de frutas e 21 tipos de mudas frutíferas, totalizando 1,3 milhão de toneladas em uma área de 53,6 mil hectares.
Inovações no campo também ganharam espaço. O coordenador do Programa de Fruticultura do IDR-Paraná, Clandio Medeiros da Silva, apresentou novos sistemas de condução de macieiras e iniciativas para agregar valor ao produto. “Estamos testando uma espécie de tatuagem nas maçãs, feita com adesivo e água, que atrai a atenção das crianças e pode estimular o consumo de frutas em casa”, explicou.
O Encontro Paranaense de Fruticultura é promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR) e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Curitiba (AEAPR-Curitiba).
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