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Mato Grosso do Sul discute futuro da agroindústria com foco em florestas, soja e bioenergia

Evento durante o Interagro 2025 destaca caminhos para diversificação, industrialização e competitividade das cadeias produtivas no estado

Mato Grosso do Sul discute futuro da agroindústria com foco em florestas, soja e bioenergia
Foto: Divulgação

Na sexta-feira (6), o 5º Interagro 2025, realizado em Campo Grande (MS), reuniu especialistas e lideranças do setor para debater o tema “Cadeias Produtivas da Agroindústria”. O encontro destacou os avanços nas cadeias do setor sucroenergético e florestal, além de discutir a importância da diversificação e da industrialização no contexto da agricultura e pecuária sul-mato-grossense.

A mesa redonda contou com a presença do secretário da Semadesc, Jaime Verruck; do secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta; do diretor-presidente da Reflore MS, Júnior Ramires; do diretor de Suprimentos da Adecoagro, Mariano de Santis; e do vice-presidente da Aprosoja MS, André Dobashi. Eles reforçaram a relevância de um olhar estratégico para as cadeias integradas, principalmente nas culturas da cana-de-açúcar, florestas plantadas e soja.

Durante o debate, foi enfatizado que setores como o sucroenergético e o florestal representam hoje uma alternativa sólida para o produtor rural e a agroindústria. Ao contrário da soja, que ainda não conta com a mesma verticalização industrial, essas cadeias já oferecem maior rentabilidade e integração com a indústria

No caso da soja, os participantes destacaram a necessidade de avanço na industrialização, com novas unidades em construção, como em Naviraí, e a ampliação de empresas como ADM e Aliança.

Outro ponto de destaque foi a transversalidade entre as cadeias produtivas. A pecuária, por exemplo, vem sendo integrada a sistemas de suinocultura, avicultura e piscicultura, aproveitando áreas de pastagens degradadas para expansão. O uso de resíduos da suinocultura para geração de biometano e o papel estratégico do eucalipto também foram mencionados como exemplos de sinergia produtiva.

Por fim, os líderes apontaram os setores com maior potencial competitivo nos próximos anos: proteína animal, florestas, bioenergia e citricultura.