Quando se fala no Pará, o açaí costuma ser a primeira lembrança. No entanto, o estado também ocupa uma posição de destaque na produção nacional de cacau. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil produziu 287 mil toneladas de cacau em 2023, sendo 154 mil toneladas colhidas em território paraense. Com esse volume, o Pará supera até mesmo a Bahia, tradicional produtora, e se consolida como o maior polo da cacauicultura no país.
Para celebrar e impulsionar essa cadeia produtiva, Altamira sedia, entre os dias 26 e 29 de junho, a 4ª edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau, o Chocolat Xingu 2025. A expectativa é atrair mais de 140 mil visitantes durante os quatro dias de programação.
Mais de 200 produtores de cacau e empreendedores do chocolate participam do evento, com cerca de 90 estandes reunindo expositores de Altamira e de diversos municípios paraenses. A feira valoriza o chocolate local, fortalece os negócios e promove a cultura do cacau da região.
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Na abertura do evento, o governador do estado destacou a importância do fruto para a economia e o meio ambiente. “O cacau e o açaí geram renda e oportunidades. O cacau, além disso, é uma das principais estratégias para restaurar áreas degradadas. É a melhor amêndoa do Brasil”, afirmou.
A produção de cacau no Pará é majoritariamente realizada por pequenos agricultores e tem forte ligação com a sustentabilidade. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, o cultivo do cacau no estado é feito em Sistemas Agroflorestais (SAFs). Essa prática ajuda a recuperar áreas desmatadas e está alinhada às diretrizes do Programa Territórios Sustentáveis (PTS), desenvolvido pela Secretaria (Sedap).
Além da feira, o Festival Internacional inclui o Fórum da Cacauicultura da Transamazônica e Xingu, espaço de debates sobre os desafios e oportunidades da produção sustentável. A programação ainda conta com praça de alimentação, degustações, shows e apresentações culturais.
