
O investimento em tecnologia e pesquisa de melhoramento genético tem impulsionado o desempenho das lavouras de café em Minas Gerais, estado responsável por mais de 50% da produção nacional. Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas (Seapa), a inovação científica tem sido essencial para o avanço da cafeicultura.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Minas Gerais registrou uma colheita de 28,1 milhões de sacas de café em 2024, o equivalente a 52% da produção brasileira. O pesquisador da EPAMIG, Gladyston Carvalho, destaca o papel decisivo da ciência no setor. “São muitos produtores que dependem da cultura e da pesquisa agropecuária”, afirma.
Cultivares adaptadas e salto de produtividade
O melhoramento genético do cafeeiro tem permitido o desenvolvimento de cultivares adaptadas a diferentes sistemas produtivos no estado. O pesquisador Vinicius Andrade ressalta que, apesar da estabilidade na área plantada, a produtividade aumentou consideravelmente. “A média que era de sete sacas por hectare, agora atinge de 25 a 30 sacas por hectare”, observa.
Impacto econômico e estímulo à sucessão familiar
As pesquisas têm como foco garantir maior produtividade e viabilidade econômica para os produtores, contribuindo também para a sucessão familiar na atividade cafeeira, um fator essencial para a manutenção da economia rural em Minas Gerais.
Cooperação entre instituições
Os avanços são fruto de esforços conjuntos realizados há décadas por instituições como a EPAMIG, Embrapa e universidades. Esse trabalho resultou na criação de mais de 20 cultivares desenvolvidas especificamente para as condições climáticas e produtivas do estado.