Crédito

Crédito rural cresce 23,6% no Espírito Santo e alcança volume recorde de R$ 8,1 bilhões

Desempenho estadual contrasta com retração nacional e reflete esforços conjuntos entre governos e instituições financeiras

safra
Foto: Imagem de Arquivo/Agência Brasil

O Espírito Santo registrou um avanço expressivo no crédito rural aplicado durante a safra 2024/2025. De julho de 2024 a maio de 2025, foram movimentados R$ 8,1 bilhões no estado, um crescimento de 23,6% em relação ao mesmo período da safra anterior. O número contrasta fortemente com o cenário nacional, que apresentou retração de 14,4% nas aplicações. Os dados são da Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

O aumento representa um acréscimo de R$ 1,5 bilhão sobre os R$ 6,6 bilhões aplicados na safra 2023/2024. Ao todo, foram realizadas 41,9 mil operações de crédito rural no estado, um crescimento de 9,5% em comparação às 38 mil registradas no mesmo período do ciclo anterior. O resultado reflete a eficácia do Plano de Crédito Rural do Espírito Santo 2024/2025, lançado em julho de 2024, por meio de parceria entre os governos Estadual e Federal, com apoio do Banco do Brasil e demais instituições financeiras.

Os recursos aplicados estão distribuídos em quatro finalidades principais. O crédito para custeio, que cobre as despesas do ciclo produtivo, como beneficiamento e armazenamento, subiu 23,1%, saltando de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,4 bilhões. Já o crédito para investimento, voltado a reformas, compra de equipamentos e melhorias nas propriedades, cresceu 20,7%, passando de R$ 2,1 bilhões para R$ 2,6 bilhões.

Na comercialização, que auxilia os produtores na venda da produção, o aumento foi ainda mais significativo: 29,8%, com volume passando de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,1 bilhões. A única modalidade que apresentou queda foi a de industrialização, com recuo de 110%, de R$ 79,2 milhões para R$ 71,3 milhões. No total aplicado, o custeio representa 41,1%, seguido por investimento (31,7%), comercialização (26,3%) e industrialização (0,9%).