
As pastagens, antes vistas apenas como um insumo nutricional para o gado, passaram a ser consideradas o principal recurso da pecuária de corte brasileira, especialmente em um cenário onde mais de 90% dos animais são terminados a pasto.
Segundo artigo publicado pela Bovexo, o capim precisa ser tratado com profissionalismo e receber os mesmos cuidados de uma lavoura agrícola. “Capim bom e bem manejado é sinônimo de boi gordo no pasto”, destacam os especialistas.
O Brasil possui cerca de 160 milhões de hectares de pastagens, mas muitas dessas áreas estão operando abaixo do seu potencial produtivo. De acordo com o artigo, mais da metade das pastagens não são bem manejadas, comprometendo a produtividade da atividade pecuária. Entre as principais causas da degradação estão:
- Escolha inadequada de forrageiras;
- Manejo incorreto;
- Ausência de reposição de nutrientes;
- Sobrecarga de lotação animal.
Planejamento e cuidado com as pastagens
O bom manejo das pastagens é essencial para a lucratividade da fazenda. Um capim bem cuidado gera resultados consistentes, e o pecuarista precisa compreender que o pasto é o bem mais precioso da propriedade. Para isso, é necessário adotar um planejamento em três níveis:
- Operacional: decisões diárias como a escolha do piquete e o tempo de descanso;
- Tático: ajustes dentro do mesmo ano;
- Estratégico: alinhamento da produção com a demanda alimentar do rebanho.
“Sem capim, não há gado. Capim ruim, gado com desempenho ruim; capim bom e bem manejado, desempenho bom”, resume o artigo. Ainda assim, é comum encontrar áreas de pastagem com lotação excessiva, resultando em degradação do solo e queda na produtividade.
Entre os pilares para transformar o pasto em lavoura produtiva, o artigo aponta cinco fundamentais:
- Conhecer a fertilidade do solo;
- Atender às exigências nutricionais e climáticas das forrageiras;
- Utilizar sementes de qualidade;
- Manejar corretamente a altura das plantas;
- Respeitar a capacidade de suporte da área.
Tecnologia e inovação impulsionam a pecuária moderna
A adoção de tecnologias também é considerada essencial. Ferramentas tecnológicas permitem melhor planejamento, controle e tomada de decisões, elevando a eficiência e a competitividade da pecuária brasileira. “A pecuária não tem mais espaço para o modelo extrativista”, conclui o artigo.