Nesta segunda-feira (30), o município de Morada Nova (CE), deu início a uma nova etapa na produção regional com a retomada do cultivo de melão e melancia pela Itaueira Agropecuária, uma das maiores exportadoras brasileiras dessas frutas. O projeto, que prevê a geração de mais de 1.250 empregos diretos até 2025, simboliza a volta da empresa ao Ceará após quase uma década de ausência.
A operação está localizada no distrito de São João do Aruaru, onde a infraestrutura já está pronta e o plantio dos melões foi iniciado nesta segunda. A expectativa é que a cultura da melancia comece nas próximas semanas. Com um investimento de aproximadamente R$ 80 milhões por parte da empresa, o empreendimento ocupará inicialmente 1.250 hectares, com potencial de expansão para 3 mil hectares até 2030, impulsionado pelas exportações.
O retorno da Itaueira ao estado só foi possível graças a melhorias estruturais na rede elétrica da região. O Governo do Ceará, por meio do Programa de Investimentos Especiais (PIE), destinou R$ 33 milhões para reforçar o fornecimento de energia elétrica local.
Segundo o governador Elmano de Freitas, os esforços também se concentram na segurança hídrica. “Nesse momento estamos fazendo a obra de duplicação do Eixão das Águas. O Governo Federal está fazendo o ramal do Salgado”, destacou.
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Entre 2000 e 2016, a Itaueira manteve operações no Ceará, mas foi forçada a migrar para outros estados devido à seca prolongada entre 2012 e 2017, que comprometeu o abastecimento hídrico para irrigação.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amilcar Silveira, ressaltou a importância do projeto para o setor: “Esse empreendimento representa o compromisso com as potencialidades do Ceará, hoje o 5º maior exportador nacional de frutas”.
Morada Nova integra o Polo do Baixo Jaguaribe, um dos seis polos regionais de produção irrigada do estado, onde a fruticultura tem sido uma das atividades de maior crescimento. A presença da Área Livre de Pragas (ALP), reconhecida pela Adagri, garante o acesso a mercados exigentes como os Estados Unidos, consolidando o protagonismo da fruticultura cearense no cenário internacional.
