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Plano Safra 2025/26: o que o produtor rural precisa saber

Entenda o que muda nesta temporada e por que o crédito rural pode ser a chave para uma produção mais eficiente

Conforme noticiado pelo Globo Rural, nesta sexta-feira (20), fontes ligadas aos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDS) e da Agricultura e Pecuária (MAPA), informaram que o governo federal vai anunciar o Plano Safra 2025/26 nos dias 30 de junho
Foto: Reprodução

O Plano Safra 2025/26 foi lançado com a proposta de continuar impulsionando o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. Mais do que um conjunto de linhas de crédito, o programa representa uma ferramenta estratégica para garantir o financiamento da produção, o acesso a tecnologias, a modernização da infraestrutura no campo e a adoção de práticas sustentáveis por produtores de todos os portes.

A cada nova edição, o Plano Safra traz mudanças importantes. Entender como ele está estruturado, quais são os principais programas, como funcionam as taxas de juros e o que é exigido para ter acesso aos recursos pode fazer toda a diferença no planejamento da safra e na tomada de decisões mais seguras.

Neste artigo, vamos explicar tudo o que o produtor rural precisa saber sobre o Plano Safra 2025/26 – incluindo as principais novidades, os programas disponíveis, as exigências do governo e o papel das instituições financeiras, como o Banco do Brasil, na concessão dos financiamentos.

O que é o Plano Safra e por que ele importa?

Criado para facilitar o acesso ao crédito rural, o Plano Safra é uma iniciativa do Governo Federal que, anualmente, investe recursos para apoiar a atividade agropecuária no Brasil. Seu objetivo é garantir que o produtor rural tenha capital de giro suficiente para financiar sua produção. Além de investir em infraestrutura, incorporar novas tecnologias ao campo e impulsionar a práticas mais sustentáveis.

O Plano Safra contempla desde a agricultura familiar até grandes produtores do agronegócio, com diferentes linhas de crédito voltadas para custeio, investimento, comercialização e industrialização da produção. Cada público tem condições específicas, com limites, prazos e taxas de juros adaptados ao seu perfil.

Além do financiamento em si, o Plano Safra também sinaliza as prioridades do governo para o setor. Isso também auxilia o desenvolvimento do setor para pautas sustentáveis, como no direcionamento de recursos para práticas ambientalmente corretas, estímulo à produção de alimentos básicos, incentivo à agricultura orgânica e investimentos em armazenagem, irrigação e conectividade rural.

Em resumo, entender o Plano Safra é essencial para quem quer produzir com mais segurança, planejar com mais precisão e acessar crédito com as melhores condições disponíveis no mercado.

O que mudou no Plano Safra 2025/26?

O Plano Safra 2025/26 trouxe mudanças relevantes, tanto nos volumes de recursos quanto nas regras de acesso ao crédito. A principal novidade é o aumento da exigência por práticas mais seguras e sustentáveis, além do ajuste nas taxas de juros e limites de renda para enquadramento nos programas.

Maior volume de recursos

Somando todas as linhas de crédito disponíveis, o Plano Safra 2025/26 disponibiliza R$ 605,2 bilhões, divididos entre dois grandes blocos:

É o maior volume de recursos já destinado pelo governo a uma edição do programa, demonstrando o esforço em manter o setor produtivo ativo mesmo diante de um cenário econômico mais desafiador.

Juros ajustados para médios e grandes produtores

Um ponto que merece atenção é o aumento das taxas de juros para as linhas voltadas à agricultura empresarial. A taxa de custeio para médios produtores, que antes girava em torno de 8%, subiu para 10% ao ano. Para grandes produtores, o custeio rural agora tem juros de até 14% ao ano.

As linhas de investimento também sofreram ajustes, com taxas variando de 8,5% a 13,5% ao ano, dependendo do tipo de projeto, da instituição operadora e da fonte de recursos.

Essa mudança acompanha a elevação dos juros básicos da economia, mas exige mais planejamento por parte do produtor para avaliar o retorno do financiamento e a viabilidade dos investimentos.

Condições mantidas para a agricultura familiar

Apesar dos ajustes na agricultura empresarial, os produtores familiares continuam com acesso a crédito com juros reduzidos por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Entre as condições oferecidas:

  • Juros de 3% ao ano para alimentos essenciais como arroz, feijão, mandioca e leite;
  • Juros de 2% ao ano para produção orgânica ou agroecológica;
  • Limite ampliado para compra de máquinas: até R$ 100 mil com taxa de 2,5% ao ano, e até R$ 250 mil com taxa de 5%.

Essas condições favorecem a mecanização da agricultura familiar e incentivam práticas mais sustentáveis e produtivas.

Novas exigências ligadas à sustentabilidade

A grande mudança estrutural desta edição é a obrigatoriedade de seguir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) em operações de custeio acima de R$ 200 mil. Antes, essa exigência se limitava ao Pronaf, mas agora também atinge produtores de médio e grande porte que buscam crédito fora do Proagro.

O Zarc determina, por exemplo, quais culturas são mais adequadas para cada região e período, com base em dados climáticos. Isso ajuda a reduzir os riscos de perda de safra e torna o crédito mais alinhado às boas práticas agronômicas.

Quais linhas de crédito estão disponíveis?

O Plano Safra é formado por diversas linhas de crédito, criadas para atender diferentes realidades de produção. Abaixo, veja as principais opções disponíveis em 2025/26:

  • Pronaf: voltado para agricultores familiares, com foco em produção de alimentos, mecanização leve, agroecologia e sustentabilidade.
  • Pronamp: direcionado a médios produtores, agora com limite de renda ampliado para R$ 3,5 milhões por ano.
  • Moderfrota: financia tratores, colheitadeiras e equipamentos agrícolas de grande porte.
  • Inovagro: apoia investimentos em tecnologias no campo, como sensores, drones, conectividade e agricultura de precisão.
  • Plano ABC+: prioriza práticas de baixo impacto ambiental, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas e integração lavoura-pecuária-floresta.
  • PCA (Armazenagem): financia a construção e ampliação de silos e armazéns, com limite por projeto ampliado de 6 mil para 12 mil toneladas.

Cada uma dessas linhas possui regras específicas, prazos e condições. Por isso, é importante analisar com calma, de preferência com apoio técnico, para identificar qual delas atende melhor às necessidades da propriedade.

O papel do Banco do Brasil no financiamento da safra

Nesta temporada, o Banco do Brasil continua sendo um dos principais agentes financeiros do Plano Safra. Para a safra 2025/26, o BB vai destinar R$ 230 bilhões ao crédito rural – um acréscimo de 2% em relação ao ciclo anterior.

Do montante total, R$ 54 bilhões serão destinados a pequenos e médios produtores. Os demais R$ 106 bilhões serão aplicados na agricultura empresarial, incluindo grandes propriedades, cooperativas e agroindústrias.

Além de operar as linhas tradicionais, o Banco do Brasil oferece:

  • Equipes especializadas em agronegócio em todo o país;
  • Soluções digitais integradas com o BB Agro e o Broto;
  • Atendimento técnico e consultivo;
  • Programas de capacitação e apoio à gestão da propriedade rural.

Essa estrutura permite que o produtor tenha acesso não somente ao crédito rural, mas também a um ecossistema de serviços voltados à sustentabilidade e competitividade no campo.

Como o Broto pode ajudar o produtor rural

Para facilitar sua jornada do crédito rural, entre outras vantagensl, o Banco do Brasil criou o Broto, uma plataforma digital voltada exclusivamente ao agronegócio. Nela, você pode simular e solicitar o financiamento de forma totalmente on-line.

A plataforma também possui um marketplace, conectando produtores a fornecedores de máquinas, equipamentos, insumos agrícolas e outros produtos e serviços.

Os principais benefícios do Broto incluem:

  • Simulação personalizada de crédito rural;
  • Envio digital de propostas, sem burocracia;
  • Marketplace com ofertas de tratores, pulverizadores, adubos e muito mais;
  • Acesso a soluções tecnológicas selecionadas por especialistas;
  • Conteúdos técnicos e educativos sobre gestão e inovação no agro.

Ao integrar tecnologia e crédito, o Broto contribui para o produtor rural ter mais autonomia, informação e controle sobre suas decisões financeiras.

Vale a pena acessar o Plano Safra 2025/26?

Sim, vale a pena! O Plano Safra 2025/26 representa uma grande oportunidade para o produtor rural que busca crédito com condições diferenciadas para investir, produzir e crescer de forma sustentável. Com maior volume de recursos, regras mais claras e foco em inovação e responsabilidade ambiental, a nova edição do programa exige mais planejamento, mas também oferece mais segurança e opções estratégicas.

Seja você pequeno, médio ou grande produtor, entender como o programa funciona, quais linhas se aplicam ao seu negócio e como acessar os recursos com agilidade é fundamental. Com o suporte de instituições sólidas como o Banco do Brasil e ferramentas digitais como o Broto, o crédito se torna não só mais acessível, mas também mais inteligente. Faça já sua simulação com o Broto